domingo, 27 de outubro de 2019

Aperger VS. TEA - O futuro quadro de avaliações do Autismo.

Olá pessoal,
Eu gostaria de comentar um pouco sobre a síndrome de Asperger é a sugestão para alteração na nomenclatura que vem ocorrendo naturalmente, dentro de alguns indícios deixarei três grandes observações e alguns pontos para análise dentro da justificativa para a alteração da nomenclatura Asperger e suas ramificações.
Primeira observação:
O Dr. Hans Asperger, intelecto austríaco que contribuiu para o estudo trabalhando com crianças das mais diversas categorias, teve sua história aberta em 2018, pelo livro Asperger’s Children: The Origins of Autism in Nazi Vienna (Crianças de Asperger: As Origens do Autismo na Viena Nazista”, em tradução livre.) ou seja, relatos e registros mostram que dentro do seu estudo Dr. Hans Asperger foi responsável pela seleção de uma quantidade significativa de crianças para o envio a estudos forçados em uma instituição denominada ‘Am Spiegelgrund’ em Viena, onde após as experiências efetuadas os médicos assassinaram essas crianças, as crianças eram levadas para quartos separados onde utilizavam fármacos para induzir a pneumonia que ocasionava a morte.
Dentro deste contexto revelado em 2018 pela Spectrum ORG. muitos profissionais da área de psiquiátrica e psicológica optaram por não mais utilizarem o termo Asperger pela ligação direta de seu pesquisador em paralelo a outras normas que viriam a ser aderidas para o termo Asperger.
Segunda observação:
O CID como conhecemos está em constante evolução e adequação para simplificar o estudo e singularidades de suas patologias, o DSM 5 (na sigla em inglês para: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) passou por novas reformulações, que reuni todos os transtornos do espectro autista em um só diagnostico TEA dentro dessa classificação tínhamos o CID 10 que passou por uma nova reestruturação e releitura, apresentado em maio de 2019, na assembleia mundial de saúde. A nova classificação da CID aprovada pelo conselho se deu pelas classificações da nova CID 11 é suas sequencias, 6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) além de suas outras variações incluindo as ramificações da 6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.
Com essa nova abordagem vários profissionais de psiquiatria e psicologia já estão amenizando a utilização do CID para classificação do Asperger, temporariamente com o Autismo Atípico, que deverá ser substituído pela CID 11 - 6A02 ou 6A02.Z após o primeiro dia de janeiro de 2022. Dentro dessa redução poderá ser mais amplo a abordagem é o entendimento de suas particularidades.
Terceira observação:
Conforme observamos o TEA tem suas particularidades dentro de cada indivíduo, que podem ser observadas em fatores e níveis diferentes, como já foi observado em pesquisa pela universidade de YALE existem dentro de cada espectro mais de 200 variações é suas ramificações, com isso seria muito complexo enquadrar um quadro específico para cada patologia, sendo assim a necessidade e particularidade de cada Autista tende a ter seus pontos avaliados individualmente, caso a caso.
No Brasil os estudos relacionados ao autismo engatinham a passos lentos, dentro desse quadro vários profissionais tendem a ter certas dificuldades para abordagem primaria desses indivíduos, dificultado o tratamento e suas avaliações dentro de suas particularidades, com a migração do termo TEA individualizado com suas excepcionalidades a nova classificação unificada dará maior abertura para o estudo individual de cada caso, descartando a classificação única do Asperger que ocorre hoje em dia.
Podemos observar que o TEA dentro de suas particularidades pode ter suas excepcionalidades agrupadas para fatores que denotam uma boa capacidade intelectual em alguns aspectos e ao mesmo tempo falhas abertas para controle ou correções que são taxativas pelo seu quadro dentro de seu espectro. Observando cada caso podemos concluir que o TEA dente a ter fatores que corroboram para sua capacidade significativa de entendimento e falhas, os profissionais adequados para o ensino como psicopedagogos, podem maximizar suas potencialidades e minimizar suas singularidades que lhe afetam no seu dia a dia.
Acredito ser errôneo e taxativo buscar quadros de demência, esquizofrenia, transtorno de personalidade etc., Dentro desses fatores que interligam o TEA, apenas para enquadrar o indivíduo, por si só as observações já podem ser quantitativas para sua classificação. Ocorre que quando ficamos presos aos tipos de variantes do autismo, sem observar os pontos negativos e positivos para trabalharmos sua melhora de nada é valido tal pesquisa e estudo do caso.
Com essas observações e abordagens, gostaria de convidar todos os profissionais, pais, autistas e amigos a refletirem o quão importante é a taxação e seu enquadramento do TEA, dentro dessa análise acredito que já temos uma vasta classificação para os rótulos que são extraídos desse quadro, reforçando o interesse em tratar o indivíduo dentro de suas particularidades, acredito que o profissional de psicopedagogia desenvolvem o melhor papel no momento para com esses pacientes que são diagnosticados pelo TEA, enquanto alguns profissionais (EU DISSE ALGUNS) de psicologia e psiquiatria ficam travados em suas excepcionalidades.
Referencias:
Crianças de Asperger: as origens do autismo na Viena nazista, Sheffer, Edith ( 2019 p.42, 46,58.)
Acessado 25/10/2019 ás 12:20. (https://icd.who.int/en)
Acessado 25/10/2019 ás 15:30. (https://www.spectrumnews.org/?s=aspie+nazism)

sexta-feira, 18 de outubro de 2019



A crítica humana, sobre o que seria a crítica em poucas palavras? Crítica é uma expressão que significa "a arte de julgar" para muitos tem ligação ampla é filosófica, a crítica tem o significado de análise. Assim, a "filosofia crítica", em específico, designa o pensamento de Kant e seus sucessores. Ela também pode ser atribuída como um processo de retenção de fenômenos advindos do passado, sua decomposição e reconfiguração.
Quando criamos um pensamento reflexivo para a crítica, desenvolvemos ambientes para várias interpretações, com contexto amplo de análise do objeto a ser criticado, vivemos em um mundo com a fascinação de crítica não definida, pessoas com baixa capacidade de interpretação sem fundos primários tem extrema dificuldade em lidar com a crítica dentro dos padrões evolutivos.
Podemos difundir alguns padrões da crítica, é estético, se contempla uma obra de arte; lógico, se contempla um raciocínio; intelectual, se contempla um conceito, uma teoria ou um experimento; moral, se contempla uma conduta. Esse julgamento de mérito é fruto de uma atividade da razão, esse poder de distinguir o verdadeiro do falso, que age como uma espécie de tribunal.
Gostaria de convidar todos os pensadores a entrarem em uma análise profunda, sobre uma opinião própria dentro da definição da crítica que me institui diariamente, em específico a um caso ocorrido recentemente.
Um dia comum, dentro de um padrão básico da vida diária com ou sem meus problemas que me seguem ao mesmo tempo que me envolvem, decido entrar em uma Rede social, imaginando o caos diário que a rodeia, podemos afirmar que, rede social é uma plataforma cujo objetivo é conectar pessoas e compartilhar informações entre elas, tanto de caráter pessoal quanto profissional ou comercial. Elas se materializam na forma de sites e aplicativos, reunindo usuários que compactuam dos mesmos valores e interesses.
A escolha de uma Rede social, dentro do convívio temos pessoas, escolhas e informações que são disponibilizadas para uma interação, uma interação superficial, bem menos eficiente que a interação física e humana, devemos observar que conforme a evolução social se estabelece os vínculos mesmo que factíveis, se tornam cada vez menos táteis.
As pessoas estão diariamente conectadas nesse mundo, somos obrigados, mesmo que com uma interação reduzida, dentro do direito obvio, criticar, dentro desses fundamentos básicos as pessoas se tornam cada vez menos receptivas as opiniões, fechadas em seu mundo digital sem o contato real, tendo dificuldade de compreensão e discernimento em uma simples conversa.
Retornando a minha entrada nessa rede social, observo, separadamente uma imagem, uma foto, com desfoque baixo, com uma qualidade inferior, dentro de um padrão não aceitável pela afirmação que dentro dos padrões idealizados da foto, aquela foto seria uma afirmação do indivíduo que a mesma seria de boa qualidade, sobre o termo, mesmo que errôneo “Essas coisas nem parece que foi com um (Modelo de Celular)”, dentro desse modo não levei em consideração a crítica invasiva, crítica da escrita, crítica de exposição apenas dados técnicos para uma contestação obvia da interpretação.

Quando paramos, analisamos e identificamos dados para se situar em uma crítica, precisamos definir a real intenção, esperando logicamente um retorno equivalente ao que se planeja para tal escolha, partindo do princípio, minha resposta, dentro dessa Rede Social que participo foi extremamente técnica e informativa, uma afirmação com informação “Parece sim, saturação está péssima, qualidade do brilho, a pixelização[1]da foto além da profundidade”.
A espera foi curta, já sabemos que a grande maioria dos brasileiros tem essa dificuldade, o que mais me intriga são as respostas fora do ponto padrão logico para tal crítica, a explanação se faz com tom irônico “Comentário em apoio que eu certamente me lembrarei” podemos observar aqui a fuga do padrão humano dentro da dificuldade de vinculo a crítica, que transforma o mundo sutil em um mundo chato, sem graça, com pouco interesse discursivo mesmo que em uma rede criada para esse aspecto.
As pessoas são significativamente chatas, simplórias e sem interesses relativos para sua percepção tátil dentro do seu convívio social virtual, como tentativa de compreensão, buscando um possível dialogo explicativo finalizo com a resposta “Não foi apoio, só uma opinião técnica, crítica” vemos uma grande dificuldade partindo dos princípios básicos, explanados inicialmente.
O mundo está ficando chato, sem possibilidade de diálogo, visto que as pessoas mistura dentro de um âmbito social a preocupação visível e excedente em não discutir diretamente assuntos relacionados aos assuntos citados, as vezes percebemos que os robôs de inteligência artificial conseguem passar facilmente a percepção humana, algo que não deveria ocorrer visto que as simulações de sentimentos se torna algo ainda não possível dentro dos estudos mais recentes da robótica, os seres humanos deixam se levar pela resposta pronto, sem capacidade analítica e crítica de resposta.
Como de interesse da interação humana, busco um diálogo adicional com a irmã dessa pessoa, acreditando que dessa maneira poderia ser estabelecido uma visão ampla do assunto, logo de início recebo da pessoa uma mensagem que me deixa ainda mais assustado com a relação humana em resposta crítica “Não tinha necessidade do comentário” então começo a compreender que uma grande parcela da humanidade vem perdendo conhecimento, transbordando sentimentos e se restringindo ao medo próprio de diálogo, uma retração perceptível do indivíduo.
Uma analogia básica, quando comparamos uma crítica técnica esperamos a resposta dentro da crítica técnica mesmo que negativa a minha visão seria recebida de bom grado, para um diálogo de crescimento para ambos os lados, sem uma faixa pessoal, notamos aqui que não só a pessoa impactada por uma simples crítica, observamos que o humano tem dificuldades em se relacionar e dividir padrões para uma resposta, sem carga ofensiva levando toda crítica para o lado pessoal.


O Feedback[2]mesmo que negativo gera crescimento, os fundamentos básicos de uma crítica têm o mesmo comparativo para o feedback, sendo assim mesmo que negativa de um lado pode ser apreciada de forma construtiva, que difunde o assunto direcionado a imagem da pessoa sobre o assunto relativo.
As pessoas perdem a definição de uma diferença entre as críticas destrutivas e construtivas, as pessoas precisam saber de onde estão vindo as críticas e entender as intenções da pessoa, se essa pessoa tem um certo conhecimento se deve parar, respirar, é provavelmente a pessoa só quer que você melhore.
Se alguém fizer uma crítica válida, pare de dar desculpas dizendo que a pessoa está completamente errada, principalmente se souber que há um fundo de verdade no que ela está dizendo. Se ficar na defensiva ou der desculpas, a pessoa não conseguirá terminar de dizer exatamente o que queria e você não receberá a informação para que consiga melhorar. É natural ficarmos na defensiva e termos a sensação de que não fazemos nada errado, mas é importante escutarmos as pessoas antes de cortá-las para provar que somos perfeitos.
Acreditava anteriormente que um dos grandes problemas da crítica é que, frequentemente, quem está na posição de fazê-la não sabe fazer direito, porém percebemos que os dados se mostram diferentes na atual situação mundial. Um dos dados mais reveladores é o de que incríveis 66% da população admitiram que remoem o “feedback negativo” sem necessariamente mudar de comportamento ou conversar com quem deu o puxão de orelha. Mais: 14% acham que quem critica o faz por inveja ou raiva; 29% acham que os comentários são feitos com o intuito de lesar e não ajudar.
Se torna visível que as pessoas estão revertendo o papel de quem mostra que se importa. Quando não se comportamos como uma máquina sem sentimentos. Nessas horas é fundamental se colocar na situação da pessoa reclamante e tentar entender exatamente o que houve para que ela chegasse ao ponto de fazer uma crítica pública, essa parte é difícil também, sendo comum ouvir que não deveria ter feito tal crítica, sem se lembrar que se você tem essa pessoa, ela faz parte da sua rede ou sua publicação é pública dando tal liberdade ao mesmo.
Para finalizar vou deixar algumas dicas sobre as críticas que circulam, principalmente por pessoas autistas com altas habilidades;
DEMONSTRE INTERESSE
 O primeiro passo é entender que a crítica é uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional. Obviamente você vai ouvir ou ler coisas que não te agradam, mas, muitas vezes, não percebe onde está o erro se ninguém o apontar. Procure ser receptivo, mesmo para coisas


que, naquele momento, não sejam agradáveis. Pense, reflita e, posteriormente, tire suas conclusões a respeito.
 PERGUNTE, NÃO INTERPRETE
 Cuidado com as conclusões precipitadas. Na dúvida: pergunte, não suponha. Muitos problemas de comunicação acontecem porque as pessoas tendem a tirar conclusões de impressões, e não de fatos.
 SOLICITE EXEMPLOS
Através de exemplos concretos você pode corrigir determinadas falhas ou aprimorar o que necessita. Portanto, peça exemplos. Caso a pessoa fale de modo genérico, reforce a necessidade de exemplos para que possa compreender a situação e fazer os ajustes necessários. Quanto mais detalhes, melhor.
 NÃO SE JUSTIFIQUE
A crítica gera naturalmente os chamados mecanismos de proteção ou defesa. Um deles é a justificativa. Quando algo a incomoda, a pessoa reage buscando justificativas e, assim, não ouve ou recebe a crítica da forma correta. Por isso, evite procurar desculpas, culpados ou motivos para justificar a crítica.
ASSUMA COMPROMISSOS
Ao assumir compromissos você absorve a crítica como um processo positivo e de desenvolvimento. Estabeleça pontos de melhoria, conforme o feedback apontou, traçando metas, prazos, compromissos e foco em resultados práticos e concretos. Avalie-os periodicamente e solicite novos feedbacks para ver se está no caminho certo.



[1]Pixelização é qualquer técnica usada na edição de imagens ou vídeo, em que uma imagem é desfocada, exibindo parte ou todo ele em uma resolução significativamente menor.
[2] Informação que o emissor obtém da reação do receptor à sua mensagem, e que serve para avaliar os resultados da transmissão.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019


Presenciando uma agressão contra a Mulher.



Hoje, dia 10 de outubro de 2019, dia internacional da saúde mental, passei por uma grande provação, ajudei uma pessoa que estava em um estado crítico, totalmente desconstruída pelo sistema cheio de falhas em processos de apoio psiquiátricos e psicológicos, uma pessoa que foi agredida física, mentalmente e moralmente por um homem, esse homem encapuzado, disfarçado de cordeiro, que consegue induzir pessoas, pessoas com o coração bom, iscas fáceis para o seu processo de enganação, o típico sociopata que se movimenta entre a sociedade para atacar presas induzidas, fragilizadas e instigadas.
Abracei a causa para ajudar essa pessoa, não tinha nenhum vínculo, além de algumas horas de apoio e dicas, não sabia de todo ocorrido e de todo sofrimento que tinha passado, ao chegar no local para lhe prestar apoio, notei no seu semblante uma força, uma mulher que carregava um peso gigante sobre si, alguém que tinha passado por vários desafios, não eram desafios simples de vivencia diária, eram desafios de sobrevivência, uma luta contra o mal.
Logo após entender todo ocorrido, não hesitei em levá-la a um psiquiatra conhecido, fizemos todo processo de apoio inicial, o psiquiatra, mesmo que novo, percebeu os traços de uma pessoa que tinha passado por várias dificuldades, transtornos e batalhas, lhe ajudou da melhor forma possível.
Não me sentido satisfeito convidei essa colega para tomar um Milk-shake e comer algo, notava que ela tinha dificuldades para engolir, estava com a face toda machucada, eu, mesmo sem conseguir demonstrar fragilidade para ela, internamente estava em prantos sentido tudo aquilo, sem conseguir entender como um homem seria capaz em machucar uma mulher, um ser totalmente delicado, sem estrutura compatível para uma disputa corporal.
Comecei a analisar todo processo, desde o B.O contra o agressor, processo de apoio pela parte da Delegada, a falta de amparo social e psicológico, era visível que o caos não era apenas esse homem encapuzado, esse homem que vive entre as pessoas, tinha mais amparo que a própria vítima por si só, típico de um criminoso que deveria ser internado para uma avaliação psiquiátrica, separado da sociedade, independente da vítima solicitar ou não que o agressor fosse preso.
Com o tempo senti a necessidade de ir além, entrando em contato com uma Psicóloga, amiga, consegui uma consulta de encaixe para lhe apoiar, notei que logo após a seção ela teve uma melhora, uma evolução gigante, aquela mulher forte do inicio do encontro estava se fortalecendo, consegui notar que caso o sistema funcionasse de verdade pessoas que tivessem sofrido algum tipo de agressão teriam um sofrimento minimizado, logicamente o sofrimento não seria eliminado, porém teria um amparo real que a mulher precisa.
Lhe ajudei na compra de seus medicamentos, lhe sugeri algumas atividades, me coloquei a disposição para apoiá-la e lhe acompanhei até a sua casa, passando toda informação para sua família, gerando um grupo de contato para apoio.

*** Por motivos de sigilo ético é profissional não posso informar os nomes, muito menos sugerir algo sobre a pessoa, convido a todos a refletirem minha experiência de hoje. ***
Caso presencie alguma agressão contra mulher, denuncie: 180.

sábado, 5 de outubro de 2019

Joker uma reflexão sobre a saúde mental.



Vamos fala de Joker, essa obra de arte consegue nos transmitir de forma única a visão de uma ficção, da origem de um vilão, Coringa, personagem transportado para uma realidade bem próxima da nossa real situação psiquiátrica e psicológica, o caminho que segue as doenças mentais dentro de um contexto problemático social, a dificuldade que a sociedade tem para interpretar a real situação mental que se caminha a humanidade, os preceitos básicos da importância e respeito ao próximo, cada vez menos presente no nosso dia a dia.

O ator Joaquin Phoenix, consegue mostrar de maneira única como o tratamento inadequado para casos psiquiátricos podem acarretar uma desordem maior em comparação ao desleixo da saúde pública e privada, o quão necessário se faz o aperfeiçoamento de profissionais de áreas que cuidam da saúde mental.

O filme que estreia no Brasil em um mês que voltamos os pensamentos sobre a saúde mental, como devemos nos preparar para lidar com as diversidades presentes em nosso meio, até que ponto a falta de compreensão pode afetar a perspectiva de um indivíduo.

Dentro de um personagem redesenhado, Todd Phillips consegue reverter uma perspectiva de um grande vilão dos quadrinhos, trazendo o conceito de causa raiz, de um estudo aprofundado sobre o quão próximo uma sociedade desestruturada pode afetar a vida, a reabilitação e a fragmentação de indivíduos com distúrbios mentais.

Conseguimos observar um indivíduo que tem um problema mental crônico que afeta padrões cognitivos de uma preparação adequada para o convívio social, falta do estudo das habilidades sociais, observamos uma risada que ficará marcada em sua memória sobre o que é real e não é real, dentro de uma mente isolada, o filme nos convida a refletir até que ponto a mente humana pode chegar, em que níveis de descontrole pessoal um humano pode se encontrar.

Um filme que deveria ser visto não apenas pela sociedade, mas por todos os profissionais que lidam com a saúde mental, em uma data tão próxima, dia 10 de outubro de 2019 onde comemoramos “O Dia mundial da saúde mental”, sem sobra de dúvidas essa se torna uma obra de arte a ser apreciada e analisada de vários ângulos e perspectivas.