quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Vamos exemplificar a diferença de Condições Coexistentes e Comorbidades no Autismo.

 

Antes vamos entender o significado do Transtorno do Espectro Autistas é uma condição relacionada ao neurodesenvolvimento, essa condição afeta como o Autista pensa, age e se porta diante da sociedade, apresentando características divergentes pelo meio típico. 


Assim como a tríade que lhe sustentam para formação do espectro são apresentados essa relação pela tradução livre “Spectrum” com sua relação direta ao conjunto de cores, feixes e ondas de luz dentro de um contexto que aborda uma qualificação unitária e separatista ao mesmo tempo, onde podemos observar algumas excepcionalidades como:


  • Comunicação e interação Social;


Uma criança ou adulto com transtorno do espectro do autismo poderá ter problemas com as habilidades de interação social e comunicação.


  • Padrões de comportamento;


Uma criança ou adulto com transtorno do espectro autista poderá ter padrões repetidos, limitados de comportamento, interesses ou atividades.


  • Sintoma e classificação;


São vários, é provável que cada criança com transtorno do espectro do autismo tenha um padrão único de comportamento e nível ou gravidade, sendo de baixo funcionamento ou alto funcionamento.


Como podemos observar de forma única essa característica se espalham assim como a mistura de cores dentro do mesmo balizador para o enquadramento do Spectrum do Autismo.


Quando tudo começa a ficar confuso?


Quando misturamos essas Condições Coexistentes partindo da tríade que podem ser minimizadas, mas jamais retiradas do processamento cerebral daquele indivíduo com as doenças (Ansiedade, Depressão, Etc…) pelo mesmo fator de transliterações do termo Comorbidades (Latim COM, “junto”,  mais MORBIDUS, “doentio”, de MORBUS, “doença”.)


Para melhor entendimento:


Condições Coexistentes: Tudo aquilo que é carregado pela sua carga cerebral em conjunto com seu processo de neurodesenvolvimento, podem apresentar negativas para o meio típico como podemos absorver pontuais positivos para sua classificação de dupla excepcionalidades aproveitando suas potencialidade e minimizando suas negativas.


Comorbidades: Tudo que envolve doenças, processos que podem ser tratados com o devido apoio médico e profissional, infelizmente existe uma grande confusão por alguns profissionais não pesquisarem o que é co-existente com condição, o que acarreta a demora dos diagnósticos de doenças que afetam diretamente o modo daquele autista, como ansiedade, depressão, problemas metabólicos, hormonais, suplementares entre diversas outras questões.


Dentro do Espectro “Spectrum” a separação do indivíduo pode ser observada para a classificação do Autismo, lhe dando o direito de ser representado por esse termo sem a necessidade de carregar as comorbidades, mesmo sabendo que as comorbidades são a maior prevalência da desordem no nosso meio precisamos sempre buscar o devido apoio e tratamento profissional para tratar tais características


Além das Altas Habilidades/Superdotação em sua migração de conceito para Gifted and talented.

 

Estamos constantemente trabalhando pontos direcionados onde processos desatualizados no Brasil dificultam o trabalho Multidisciplinar em crianças, adolescentes e adultos dotados de habilidades que possamos extrair e trabalhar em suas particularidades, mesmo com conceito presente de Dupla Excepcionalidade podemos fazer um avanço significativo quando deixamos de lado padrões sazonais ultrapassados no processo de diagnóstico e apoio no Brasil.


Perguntas frequentes sobre educação Gifted and talented efetuadas na Association Gifted EUA.


 Existe uma definição de "talentoso"?


Sim.  A atual definição federal de alunos talentosos foi originalmente desenvolvida no Marland Report to Congress de 1972 desde então passou por diversas atualizações onde foi modificada várias vezes desde então (Última em 2019). A definição atual, é:


Estudantes, crianças,  jovens e adultos que demonstram alta capacidade de desempenho em áreas como intelectual, criativa, artística ou de liderança, ou em áreas acadêmicas específicas e que precisam de apoio e atividades que normalmente não são fornecidos pela escola para se desenvolverem plenamente dentro desses recursos.


Nesse ponto específico conseguimos abordar uma característica que não se vê presente no atual processo educacional, dentro das atividades de apoio e atividades que normalmente não são fornecidos pela instituição de ensino, dentro desse aspecto observamos a necessidade de um trabalho direcionado de uma psicopedagoga que saiba trabalhar dentro de suas particularidades ou hiperfoco como ocorrido no autismo, trabalhos de expansão gradual do seu conhecimento blindando possíveis negativas apresentadas na dupla excepcionalidade.


 Quantas crianças dotadas existem nos EUA?


O Escritório de Direitos Civis do Departamento de Educação dos EUA estima que 6% dos estudantes de escolas públicas estão matriculados em programas de dotação e talento.


Incrivelmente quando comparamos com crianças no Brasil esse número saltou para 7,5% dos estudantes em escolas públicas sem nenhum registro em programas de dotação e talentos


Quando migramos para crianças talentosas esse número sobe para 75% no Brasil e 58% no EUA, mantendo a diferença de não adaptação às características de ensino, sem apoio pedagógico direcionado no Brasil, já no (EUA) estudos dentro de novas funções continuam em constante evolução. 


Podemos observar aqui um verdadeiro obstáculo gerado pela diferença sócio educacional entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos onde a presença de apoio não é colocada em prática, temos uma notável redução de Q.I, Q.E e Q.A no Brasil, já pelo outro lado quando observamos a expansão da educação inclusiva os números apresentados no (EUA) saltam para 23% dos alunos das escolas públicas onde o desenvolvimento de atividades e modelos de aprendizado são compensados pelo conceito de desenvolvimento intelectual individualizado. Percebemos que crianças mesmo que apenas talentosas tendem a seguir sua desenvoltura complementar no âmbito educacional quando apoiado adequadamente.


Podemos observar essas características de Gifted and talented bem executada pelo processo de interesse regional de ingresso em universidades e áreas Multidisciplinares para seu desenvolvimento pessoal, uma carga de  complemento e aperfeiçoamento constante visto em países desenvolvidos, ditos de primeiro mundo conseguem implementar modelos adaptativos para atividades antes restritas ou fora de grades educacionais típicas.


Com base nessa adaptação observamos o surgimento de novas áreas em crescimento, tidas pelos talentos trabalhados em países desenvolvidos;


Ciência e Processamento Tecnológico.

Genética e Modulação. 

Desenvolvimento Ecológico e Sustentável. 

Educação Multidisciplinar adaptativa.

Comunicação e Interação Filosófica.

Neuropsicopedagogia. 

Neuropsicologia. 

Medicina Sistêmica.

Arte Evolutiva.



São algumas das funções adequadas recentemente dentro de características do processo evolutivo ligado a crianças, adolescentes e adultos com características dos seus talentos com ligações de enquadramento a dupla excepcionalidade.


Com tais informações, podemos observar a evolução constante no processo educacional, onde características de Adaptabilidade para atividades específicas começam a gerar resultados em diferentes áreas adaptativas, o Brasil precisará se adequar para esse processo evolutivo de educação onde não apenas crianças enquadradas dentro de sua dotação de conhecimento como crianças comuns possam explorar seus talentos individuais.


Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram @jacsonfiertea no Facebook e Jacson Marçal Blogspot.


Reference:


https://www.nagc.org/ Acessado em 21/06/2020 às 14:30


https://www.education.wa.edu.au/gifted-and-talented Acessado em 21/06/2020 às 14:58


https://www.educationcorner.com/k12-gifted-education.html Acessado em 21/06/2020 às 15:41

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Estudos apontam que autistas tem dificuldades para relacionar seu nome e o de certas palavras com a relação do ato de comunicação.

 


Estudos apontam que autistas tem dificuldades para relacionar seu nome e o de certas palavras com a relação do ato de comunicação.


Sabe aquela dúvida que temos que o Autista estaria ou não ouvindo quando chamamos seu nome? Pesquisa mais recente mostra que Autistas ouvem o chamado, porém costuma não associar naquele momento seu nome ou palavras em um contexto amplo de comunicação, sendo assim o que muitas pessoas achavam necessidade de reforço para tentar repetir a utilização de seu nome para uma resposta diretiva não surtem efeitos dentro do espectro.


O autista consegue escultar o nome, porém dentro de uma divergência no seu processamento de  escalonamento poderá apresentar dificuldades para selecionar o seu próprio nome ou de objetos dentro de uma tentativa de socialização e comunicação.


Autistas verbais e não verbais tendem a ter muitas dificuldades em relacionar seu nome e palavras relacionadas ao ato de linguagem assim como a comparação de algo novo, conforme avaliações realizadas pelo Bioofeedback com base no eletroencefalograma (EEG), autistas tendem a ter dificuldades em filtrar certos sons e ruídos. Observamos que essa seletividade já se fazia presente pelo oposto aparente conforme ocorridos pela Misofonia, uma seletividade a sons que afetem ou gerem uma desordem maior no seu meio.


Sendo assim Autistas tendem apresentar dificuldades em relacionar a importância de sons que estão ao seu redor, essa dificuldade pode afetar sua interação social assim como estado de alerta para emergências.


O primeiro estudo a fazer isso, publicado em 2018, descobriu que os cérebros de adultos autistas respondem de maneira diferente a seus nomes do que as pessoas comuns. O novo estudo é o primeiro a explorar a resposta em pessoas com autismo verbais e não verbais, o que é crucial para o campo, diz Timothy Roberts , professor de radiologia da Universidade da Pensilvânia na Filadélfia, que não esteve envolvido no trabalho.


Os pesquisadores utilizaram do EEG para verificar as ondas cerebrais após o contato de resposta a chamadas de nomes e palavras, foi notado que um atraso significativo ocorre no cérebro de autistas, sendo que o cérebro identifica tais palavras, porém não consegue associar seu nome ou aquela palavra dentro do contexto atual, notamos atrasos de 200ms até 400ms.


Foram feitos testes para medir a capacidade do Autista em responder seu nome ou dentro de interações sociais com público maior, foi notado extrema dificuldade do Autista em observar características de associação ao seu nome, se tornando incomunicável quando colocados em meio a aglomerações.


As descobertas são importantes para os médicos e terapeutas que trabalham com autistas. diz Margot Taylor , diretora de neuroimagem funcional do Hospital for Sick Children em Toronto, Canadá, que não esteve envolvida na pesquisa.


“Pode ajudar se os terapeutas ou pessoas que fazem intervenções com autistas realmente entendam que eles realmente não se orientam normalmente pelos seus próprios nomes”, diz Taylor. “Essa é uma ação muito básica que todos nós pensávamos que as crianças fariam.”


Trabalhos futuros devem examinar a resposta do nome em bebês e crianças autistas. Também pode confirmar se a habilidade de processamento auditivo prediz a habilidade de linguagem. Nesse caso, os médicos podem usar avaliações neurais para avaliar se as terapias estão funcionando.


Nesse caso será possível utilizar outros processos de modulação e treinamentos para melhora da comunicação de autistas respeitando suas particularidades, não devemos gritar ou criar um ambiente de estresse para tentativa de dialogo com autistas, a resposta poderá ocorrer quando a repetição plausível for aplicada, dentro de características particulares o Biofeedback poderá em conjunto com Neurofeedback disponibilizar outra metodologia de avaliação complementar no meio Autístico. 


Não grite quando o Autista não responder.


Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram


REFERÊNCIAS:


Schwartz S. et al. Autism Res. Epub ahead of print (2020) PubMed

Schwartz S. et al. Autism Res. Epub ahead of print (2020) PubMed

Nijhof AD et al. J. Abnorm . Psychol. 127 , 129-138 (2018) PubMed