quarta-feira, 10 de junho de 2020

STIMMING, ESTERIOTIPIAS NO AUTISMO APOIO E INFORMAÇÃO


Comportamentos relacionados ao stimming (estereotipias) ou movimentos repetitivos são uma marca registrada do autismo. Bater as mãos, girar em círculos, balançar o corpo, vocalizações como grunhidos e murmurar além de outros hábitos que podem incomodar pessoas que não estão familiarizadas com o nosso meio. Os cientistas e os médicos há muito tempo confundem o que esses comportamentos significam  e como responder a eles.

Por muitos anos, os especialistas pensavam que os movimentos repetitivos significava um excesso de privações ou mesmo traumas, e que eles impediriam o aprendizado dos Autistas. 

O psicólogo Ole Ivar Lovaas, um dos primeiros especialistas em autismo, teria se referido a eles como "comportamento do lixo". fico até com repulsa só de imaginar.

1° Ele fez da supressão desses hábitos uma prioridade. Lovaas e seus apoiadores aplicavam choques eletricos, gritavam, sacudiam e davam tapas em crianças autistas.

2° Outros prescreveram antipsicóticos e outras drogas fortíssimas. Mesmo nos paradigmas atuais de tratamento, às vezes os profissionais e os terapeutas costumam treinar as crianças a ter menos movimentos 'mãos silenciosas', ao invés de deixá-los livres para se acalmarem e reorganizar.

Porém, evidências crescentes sugerem que comportamentos repetitivos foram mal compreendidos e que eles podem de fato ser incrivelmente úteis. 

Um estudo recente aplicados pela universidade de YALE descobriu que os comportamentos dão às pessoas autistas uma sensação de controle, ajudando-as a lidar com atitudes externos que muitas vezes são reações cansativas, essa é uma maneira de acalmar e se comunicar com seu estado de humor. Por outro lado, muitos autistas dizem que tem medo de externar seus comportamentos repetitivos, gerando um desgaste maior, fazendo com que se sintam inabilitados socialmente pela discriminação do meio típico/neurotípico.

Os adultos autistas defendem seu direito a esses comportamentos. Recuperando o termo técnico 'comportamentos estimulantes' como 'stimming', já existem blogs explicativos, vídeos e livros que revelam como os stimming ajudam a lidar com os problemas no nosso meio Autístico, sabendo logicamente separar um estado agressivo de um modelo único para controle. A sociedade precisa entender e aceitar esses comportamentos, compreendendo seus benefícios.

Em um estudo publicado no início deste ano, pela universidade de Columbia onde foram entrevistamos mais de 300 adultos autistas sobre seus comportamentos de stimming.

Uma das maiores descobertas ​​é que, embora muitos participantes tenham dito que seus estímulos são automáticos e incontroláveis, nenhum deles os detestam. A maioria das pessoas descreveu os comportamentos como calmantes.

Outra descoberta importante é que os estímulos são uma resposta à sobrecarga sensorial (como uma sala barulhenta) ou a pensamentos acelerados, como eu costumo chamar de taquipsiquismo ou até lentos Bradipsiquismo (como a ansiedade sendo controlada). Quando o stimming é ativado seu resultado antecede um estado que chamamos de "emoção incontida". 

As pessoas autistas podem ser enquadradas dentro de sensações, novas informações e seus próprios pensamentos. Os participantes do estudo relataram que o sentimento de relaxamento com os estímulos sobre os sentimentos intensos, ajudaram a se recuperar além de criar uma sensação de controle maior.

O stimming serve também como uma maneira de comunicação. Os participantes disseram que às vezes saem de alegria ou excitação e outras vezes de ansiedade ou tédio, onde os estímulos sinalizam o seu comportamento. Por exemplo, bater as mãos que reflete um estado emocional positivo geralmente envolve estender os braços e fazer um movimento de ondulação, enquanto no bater as mãos devido à angústia, as pessoas autistas tendem a manter as mãos e os braços próximos ao resto do corpo.

Tendo observado essas características, podemos concluir que pouco se sabe sobre o quão funcional a utilização dos estímulos podem ajudar e apoiar os autistas, sabemos também que existe uma grande confusão sobre o estado agressivo de auto mutilação e agressão comparada com uma desordem que foge de seu controle, hoje por experiência própria aprendi a utilizar esses estímulos dentro da transferência com objetos que me auxiliam a minimizar o excesso de tensão muscular, além da minha extrema ansiedade.

Confio que a utilização adequada dos stimming (estímulos) pode sim apoiar os Autistas, além de um acompanhamento profissional adequado para avaliar pontos positivos e negativos que antecedem uma retirada total desse sistema próprio do nosso neurodesenvolvimento.

Autista Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais.

Reference:

Kapp, Steven K .; Administrador, Robyn; Laura Crane; Elliott, Daisy; Elphick, Chris; Pellicano, Elizabeth; Russell, Ginny (2019). " ' As pessoas devem ter permissão para fazer o que quiserem': pontos de vista de adultos autistas e experiências de stimming" (PDF) . Autismo . 23: 1782-1792. doi : 10.1177 / 1362361319829628 . PMC  6728747 . PMID  30818970

Fadhil, Tamara (2018). "Sistema de monitoramento ao vivo para reconhecer emoções variadas de crianças autistas". 2018 Conferência Internacional de Ciência e Engenharia Avançada (ICOASE) . pp. 151–155. doi : 10.1109 / ICOASE.2018.8548931 . ISBN 978-1-5386-6696-8.


segunda-feira, 8 de junho de 2020

Autismo Fight or Flight (Fuga ou Luta) e Crise.




O Autista é mais propenso a apresentar desordens pelo seu sistema Fight or Flight (Luta ou Fuga) em conjunto com suas crises, esses processos geram uma desordem maior quando não apoiado devidamente poderá desencadear uma ação sistemática em todo organismo.

Sistema Neural, com Amígdala por sua vez se interligando com o sistema nervoso central irá gerar estímulos e reações em todo sistema muscular, que podem se estender desde uma breve agressão verbal a um sistema impulsivo de agressão quando ligado pela desordem de luta.

Já na desordem de fuga podem ocorrer ações em que o Autista sairá correndo até mesmo se esconder de situações que fujam do seu padrão normal de entendimento.

Algumas ações que indicam Fight or Flight em crise:

*Chutar, gritar, morder, cuspir, jogar coisas, etc.

*Uma autista pode tentar encontrar qualquer lugar possível onde as informações visuais e auditivas sejam diminuídas, além de estar em algum lugar em que elas não serão tocadas ou sejam necessárias para fazer contato visual.

*Eles podem tentar encontrar um espaço aconchegante e apertado, onde seu corpo receba a propriocepção necessária e um toque profundo de pressão. Possivelmente debaixo de uma mesa ou cama, enterrada nos braços ou recuando para o canto de um quarto.

*Eles podem tapar os ouvidos, fechar os olhos e dobrar os braços e as pernas o máximo possível.

*Eles podem correr e tentar escapar da situação em questão sem nenhuma consideração à segurança, o Autista pode atacar ... tenha em mente que essa não é a criança que está sendo agressiva ou pretende machucar alguém, seu sistema nervoso está falando.

*O Autista pode gritar, responder, chamar nomes, chorar incontrolavelmente (também o sistema nervoso)
Também pode se apresentar de uma maneira muito mais sutil, como "check-out" ou zoneamento.

*Você também pode observar uma rápida mudança na expressão facial e uma rápida mudança de humor e emoção possivelmente para irritabilidade, frustração, raiva ou choro e pânico.

Ações para amenizar Fight or Flight:

*Incentive a respiração profunda ... é incrível como o Autista provavelmente perceberá e começará a respirar fundo. Lembre-se de conversar com a criança ou pedir que ela não faça isso. Pesquisas indicam que respirar fundo é uma das ferramentas mais eficazes para trazer o cérebro / sistema nervoso de volta ao estado normal.

*Se o Autista permitir, segure-a firmemente, fornecendo um toque apertado com pressão na forma de um abraço uniforme. Não esfregue o braço ou as costas ou os cabelos, não balance, e simplesmente fique quieto com eles. (Respirando fundo)
Não fale com o Autista nem tente racionalizar ou negociar com ele.

*Se eles tiverem um retiro sensorial, incentive o Autista a ir para lá ou até mesmo a levá-lo até lá.

Se eles encontraram um retiro sensorial de mudança (atrás de uma TV ou debaixo da cama), deixe-os em paz até que estejam prontos para sair. (Pode demorar um pouco, seja paciente)

*Quando o Autista estiver se sentindo melhor, siga com uma atividade sensorial que envolve propriocepção / trabalho pesado e sucção / sopro / mastigação resistentes ... como uma montanha de bolhas ou um lanche ou stimming de borracha. Continue mantendo o ambiente calmo por algum tempo.

O Autista poderá apresentar diversas formas de Fight or Flight interligado a uma possível crise, saiba filtrar o melhor momento e sempre procure um profissional médico e terapêutico para o devido apoio.

Devemos lembrar que cada Autista tem seu próprio método de neurodesenvolvimento, respeitando essas características conseguiremos lidar melhor com a evolução gradual em conjunto com seu controle pela desordens apresentadas.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais.

sábado, 6 de junho de 2020

CÉREBRO NEURODIVERSO E NEUROTÍPICO

Vamos entender um pouco sobre como funciona o cérebro do Autista? Sobre essa divisão do neurodiverso é neurotípico.

A Neurodiversidade é uma forma de desenvolvimento neural atípica em relação ao meio comum, se difere dos meios comuns, um meio divergente do grupo de Autistas para com pessoas típicas. O termo vem sendo utilizado desde 1990 porém ganhou mais força e foco em 2015 após o lançamento do livro  NeuroTribes: The Legacy of Autism and the Future of Neurodiversity, de Steve Silberman.

Em frente a muitas dúvidas a neurodiversidade ganha um posicionamento em relação a evolução humana, conforme pesquisa da universidade de YALE onde os genes e a relação com o desenvolvimento humano tem fortes ligações partindo do princípio e meio Autístico, revelando que um processo de alteração vem sendo observado a vários anos, criando outro meios de conexões, ações e atitudes.

Muitas pessoas não entendem essa classificação alegando que pelo nível e enquadramento do Autismo muitos podem apresentar grandes negativas, sendo assim tentam reforçar as diferenças pelas comorbidades como maior presença e negativa no meio Autístico, Aí surge a grande diferença visível, não devemos alocar todos os indivíduos comparando apenas suas comorbidade para o enquadramento do meio neurodiverso, o neurodesenvolvimento é apresentado antes dos pilares de Comorbidades e Condições Coexistentes, não podemos avaliar apenas pontos negativos em um Autista.

O Autista tem muitos pontos positivos, chamados de potencialidades dentro das suas excepcionalidades, para essa devida extração devemos utilizar ferramentas e balizadores efetuados por profissionais especializados em Autismo como Neuropsicólogos e Psicólogos, Autistas dentro de suas potencialidade podem também apresentar negativas como qualquer humano, nesse ponto entra o devido trabalho para melhor tratamento do Autista.

Quando pegamos Autistas que conseguiram um apoio adequado o devido tratamento e reabilitação, podemos observar que o modo de pensar e agir continua neurodivergente em comparação aos neurotípicos,não existe a possibilidade da mente, neurodiversa anular formas únicas e singulares como o meio de interação social, métodos de escolhas e caminhos diferentes e outros pontos de vista contra os típicos, em explicação comum os neurotípicos são pessoas que não estão dentro do espectro ou que não apresentem a forma de expressar, pensar e agir neurodivergente.

Um autista se aceitando e entendendo seu interior consegue anular formas forçadas de padrões unilaterais do meio típico, isso o difere dos demais, lhe enquadrando como um ser único dentro de um todo pelo meio neurodiverso, o mais importante para um autista dentro de sua descoberta é entender que não é sua diferença que lhe define mais sua aceitação.

Autista Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais #respectro 

O Autismo Diagnóstico Conceito e Processo.



O Autismo Diagnóstico Conceito e Processo.

Muitas pessoas vêm até mim, me perguntando, "Jacson como eu vou conseguir um Laudo" ou "Jacson meu médico disse que não sou Autista" também "Jacson qual idade correta para o diagnóstico" ou até "Jacson estou perdido por não conseguir me encontrar" sim são várias as formas e modelos de dúvidas, mas um único processo válido é seguro para o diagnóstico válido e seguro.

Para conceitos básicos o Laudo poderá ser dado apenas por um grupo restrito de profissionais, são eles:

Psiquiatria 
Neuropsiquiatra
Neuropediatra
Neurologista 
Pediatra (18 até 24 meses de vida)

Antes de entender esse conceito você precisa avaliar algumas características, que devem ser observadas no Autismo em algumas fases da vida para iniciar a triagem os profissionais médicos podem iniciar os protocolos pelo AAP, M-CHART R/F, CARS além do ATA  esse será o primeiro passo para iniciar um diagnóstico válido e seguro, essas avaliações são mais direcionadas ao autismo infantil, esse profissional poderá alocar a criança em um pré registro com uma CID, F84.0 ? com uma possível interrogação, essa interrogação serve de balizador para um criterioso processo investigativo.

Nesse processo caso seja observado um diagnóstico tardio, em adolescentes e adultos, nunca aceite que o seu Autismo "É simples demais, não precisa se enquadrar" ou "Deixa pra lá é só um Autismo leve" muito menos "É só sua ansiedade ou depressão", gatilhos pequenos historicamente camuflam o Autismo por longos períodos da vida dificultando o devido apoio, lhe transformando em uma verdadeira esponja, por experiência própria a liberdade só será plena após a conclusão de um devido diagnóstico, avaliado por uma bancada médica profissional, em suma maioria diagnósticos tardios são acometidos em conjunto por TAG, Burnout, Pânico, TOC, TOD, TPB entre diversas outras características que já estão afetando a qualidade de vida de adolescentes  e adultos.

Posteriormente o médico vai avaliar algumas características, para lhe auxiliar vou deixar aqui alguns traços que são facilmente identificados no Autismo infantil.

Aos 4 meses de idade:

*Não acompanha objetos que se movem na sua frente.
*Não sorri para as pessoas.
*Não leva as mãos ou objetos à boca.
*Não responde a sons altos.
*Não emite sons com a boca.
*Não sustenta a cabeça.
*Dificuldade para mover os olhos para todas as direções.
*Perdeu habilidade que já possuía.

Aos 6 meses de idade:

Não tenta pegar objetos que estão próximos.
Não demonstra afeto por pessoas familiares.
Não responde a sons emitidos próximos a ele.
Não emite pequenas vocalizações.
Não sorri ou dá risadas ou expressões alegres.
Perdeu habilidades que já possuía.

Aos 9 meses de idade:

Não senta, mesmo com auxílio.
Não balbucia.
Não reconhece o próprio nome.
Não reconhece pessoas familiares.
Não olha para onde você aponta.
Não passa os brinquedos de uma mão para outra.
Não demonstra reciprocidade.
Não responde às tentativas de interação.
Perdeu habilidades que já possuía.

Aos 12 meses de idade:

*Não faz contato visual.
*Não engatinha.
*Não fica em pé, quando segurado,
*Não fala palavras como “papai” ou “mamãe”.
*Não entende comandos como "dar tchau".
*Não aponta para objetos.
*Perdeu habilidades que já possuía.

Aos 18 meses de idade:

*Não anda.
*Não fala pelo menos seis palavras.
*Não aprende novas palavras.
*Não expressa o que quer.
*Não aponta para mostrar algo.
*Não se importa quando o cuidador se afasta ou aproxima.
*Não copia comportamentos.
*Perdeu habilidades que já possuía.

Aos 2 anos de idade:

*Não fala frases com duas palavras que não sejam imitação
(exemplo: quero água).
*Não copia ações ou palavras.
*Não segue instruções simples.
*Não anda de forma equilibrada.
*Não entende o que fazer com utensílios comuns como colher, telefone, escova de cabelo.
*Perdeu habilidades que já possuía.

Aos 3 anos de idade:

*Cai muito ao andar.
*Fala muito pobre ou incompreensível.
*Não compreende comandos simples.
*Não consegue brincar de faz de conta.
*Não consegue brincar com brinquedos simples (exemplo:
quebra-cabeça, Lego).
*Não há interesse em brincar com outras crianças.
*Perdeu habilidades que já possuía.

Aos 4 anos de idade;

*Não brinca com outras crianças.
*Interage com poucas pessoas.
*Resiste em trocar de roupas.
*Não aprende histórias de faz de conta.
*Tem dificuldades na fala.
*Não entende comandos simples.
*Não usa os pronomes “você" e "eu" corretamente.
*Tem dificuldade em rabiscar um desenho.
*Perdeu habilidades que já possuía.

Traços mais simples que são identificados no Autismo adolescente e adulto:

Aos 12 até 17 anos:

*Rigidez.
*TOD.
*Agressividade.
*Insônia.
*Recuo Social.
*Hipersensibilidade ou Hipo.

Aos 18 anos para frente:

*TAG
*TOC
*Transtorno Doloroso Somatoforme.
*Transtorno de Personalidade borderline. 
*Trastorno de Personalidade narcisista.
*Inabilidade Social.
*Taquipsiquismo.
*Bradipsiquismo.

Dentro dessas características visualizamos negativas que podem ser observadas pela própria mamãe, papai ou cuidadores ou autistas.

O Autista também poderá apresentar o extremo oposto (indiferente da idade) dessas características como possíveis potencialidades;

*Atenção revigorada.
*Sensitivo
*Interesse restrito com crescimento gradual em temas específicos.
*Interesse em idiomas
*Interesse em rotinas e atividades manuais.
*Excelente Memória
*Conversas com palavras que contenham robustez para idade ou momento.
*Interesse em artes.
*Interesse em números.
*Interesse em palavras
*Interesse em Tecnologia.
*Fala aos 5/6/7/8 meses de vida.
*Entre vários outras potencialidades primárias.

Dentro dessa característica entre o trabalho profissional avaliativo e quantitativo para que possamos chegar ao devido diagnóstico, dentro dessas características será necessário seções de avaliação para potencialidades como Wasi, Wais e Haven além de demais testes que possa avaliar o Q.E (Quociente Emocional) e Q.A (Quociente de Adaptabilidade) segue alguns desses profissionais:

Neuropsicólogo
Psicopedagogo
Psicólogo (Especializado em TEA)
Etc.

Após avaliação e sondagem auxiliar o médico primário, que iniciou avaliação poderá encaminhar a criança, adolescentes ou adulto para alguns profissionais que devem avaliar questões gastrointestinais, cardiovasculares, hormonais, fonoaudiologia, terapias e outras demandas muito comuns no Autismo, indiferente de nível ou classificação:

Fonoaudióloga
Terapeuta Ocupacional 
Nútrologa (Nutricionista em conjunto)
Endocrinologista 
Cardiologista
Gastroenterologista
Etc.

Dentro dessa avaliação, todos os laudos, documentos e estudos devem retornar para o médico inicial ou determinado para o tratamento, com isso o Autista receberá a sua classificação de Autismo, se for possível, dependendo de suas potencialidades e negativas a classificação do nível conforme DSM.5 além de possíveis outros enquadramentos para iniciar o tratamento devido.

Vale lembrar que o diagnóstico significa liberdade, vários outros traços podem camuflar ou esconder o autismo para um diagnóstico tardio, processos ultrapassados por profissionais desatualizados também tendem a dificultar o diagnóstico do Autismo feminino que deve seguir rigorosas avaliações levando em consideração suas particularidades em relação a forma de pensar e agir, apresentadas de diferentes formas.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais.

Reference:

New York: The Guilford Press, 1998. vention. New York: The Guilford Press, 1999. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. 

Disponível em: http://www.cdc.gov/ncbd-dd/autism/index.html Acesso em: 10/09/2018.

CLARK L. SOS Help for Parents: A practical guide for han-
dling common everyday behavior problems. 2nd edition. Parents Press & SOS Programs, 2003. bioza DAWSON G., ROGERS J. S., MUNDSON J, SMITH M., WINTER J., GREENSON J., DONALDSON M., VARLEY.

J. Randomized, controlled trial of an intervention for toddlers with autism: The EarlyStart Denver Model. Pediatrics. 2010.
GREENE, R. The Explosive Child. 1st edition. Harper Collins Publishers, 2005.

LEVY, R.; O'HANLON, B. Try and Make Me! Simple
strategies that turn off the tantrums and create cooperation. Ist
10 edition. New American Library, 2001. Child. New York: Three Rivers Press, 2001. 2017; 80:13.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Falando um pouco mais dos níveis do Autismo.





O Autismo Severo é uma parcela significativa dos Autistas, podendo apresentar uma variação cognitiva e comportamental muito vasta, em suma maioria precisa de um apoio direcionado além de terapias, acompanhamento médico profissional para estabilização de sua forte característica de desordem. Porém tais efeitos com o devido apoio podem ser amenizados além de possíveis alteração de seu nível em uma melhora significativa.

O Autismo Moderado é um mediador dos níveis do autismo, essa barreira de controle apresenta grandes dificuldades porém o Autista pode em conjunto apresentar características que favoreçam para uma maior autonomia. Esse nível não significa estabilidade dentro desse nível sem o devido apoio o Autista poderá passear entre os demais níveis com uma piora significativa ou melhora para estabilização Autística.

O Autismo Leve, famoso por apresentar uma singularidade para independência de ações, atitudes, requer também observações, nessa classificação assim como nas demais o autista pode apresentar todas características que lhe afetem e geram uma crise maior onde o Autista poderá, facilmente, sem o devido apoio e controle passear entre os demais níveis com uma piora gradual. Sempre mantenha atenção a fatores externos que afetem seu modo de vida.

A devida avaliação deve ser feita sobre os regimentos do DSM 5 em conjunto com testes quantitativos e qualitativos, sem o devido apoio avaliativo e validação médica profissional a criança,  adolescentes e adulto poderá estar camuflado em num nível divergente de seu atual estado, sempre leve em consideração uma avaliação neuropsicológica, psicopedagógica e psicológica além da médica profissional.

Em todos os níveis do Autismo, cada indivíduo poderá apresentar diversas Comorbidades e Condições Coexistentes, sendo às vezes necessário o apoio terapêutico, médico profissional além de possíveis medicações.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Autismo passeando da tranquilidade a falta de senso do perigo.




Era um dia comum, tinha acordado às 07:00 como de costume, esse dia estava muito animado, queria muito ir comprar Pão e Pão de queijo tomei banho escovei os dentes.
Chamei minha noiva para ir comigo, estava voltando a dirigir depois de um tempo sem andar de carro sozinho, como seria rápido eu não tomei meus remédios para ansiedade, agitação e nem estômago, iria tomar quando chegasse.

Bem no caminho eu notei que o trânsito estava um pouco mais puxado, que as pessoas estavam correndo, eu já não me sentia muito bem, muita agitação externa, muito movimento, resolvi fazer meu processo de calma levantar os vidros e ligar o ar condicionado no 2 com a música normal da rádio de costume.

Ao chegar na panificadora, que fica em outro setor, cerca de 8km de onde eu moro, logo fiz o pedido, porém achei o ambiente muito cheio, fiquei bastante inquieto, mesmo assim após 10 minutos tinha conseguido comprar meu lanche da manhã.

Ao retornar, em uma primeira rotatória,  observei um motorista na minha frente com o carro de som muito alto, aquilo já me deixava bastante estressado, na segunda rotatória que seria a mesma que eu iria virar ele entrou de uma única vez passando no meio dela onde ele acabou derrubando um senhor da moto.

Sem pensar duas vezes eu anotei a placa do motociclista e logo acelerei atrás do carro que o derrubou, meu carro como tem um motor potente, 1.9, 16v logo consegui chegar perto do seu carro, foi então que joguei o carro na frente dele e pedi para ele retornar e ajudar o senhor que tinha derrubado, o rapaz se assustou e disse que não iria voltar, foi então que senti minha noiva me puxado, pedindo para acalmar, ele saiu em fuga eu continuei atrás até anotar a placa, chegando em casa eu busquei pela placa, paguei a consulta e passei os dados para o motociclista que me agradeceu muito e iria entrar com processo.

Bem, para alguém animado ou algum Autista essa minha reação seria normal, porém foi totalmente irracional.

*Eu estava com minha noiva no banco do passageiro.
*Eu estava alterado precisando da medicação.
*Eu não tinha nenhuma noção de perigo sobre minha ação.
*Eu não percebi no primeiro momento o risco que poderia correr caso motorista estivesse armado.
*Eu não calculei outras possibilidades como apenas anotar o número ao invés de fechar o outro motorista.
*Eu não tive medo em momento algum.

Como já expliquei aqui várias vezes, o autista pode agir de maneira própria, muitas vezes a noção de senso de perigo pode afetar suas rotinas e também suas ações, devemos sempre observar essas variações mesmo que pequenas.

Após esse ocorrido eu não ando mais sozinho de carro e fiquei com a observação de acompanhante para passeio, viagens e atividades o que gerou uma reflexão maior além do já enquadramento do meu autismo no nível moderado.
Tenha ciência da suas responsabilidades e tente gradativamente pensar mais antes de agir gerindo melhor suas escolhas e ações.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Autismo - Dupla Excepcionalidade e demais avaliações.



Autismo - Dupla Excepcionalidade e demais avaliações.

Um tema polêmico, que gera confusão para várias mamães, papais, cuidadores e autistas.

Infelizmente temos uma grande incidência na lentidão de transferência de informações, sobre quem deve ser considerado autista e apresentar Altas Habilidades/Superdotação, Savant, Hipertimesia e outras características relacionadas às suas individualidades

Para entendermos sobre essas características precisamos antes manter alguns padrões de conhecimento básico:

1° O Autismo não tem cura, é um transtorno global do neurodesenvolvimento. (Dúvidas? me siga nas redes e acesse minhas publicações)

2° Conforme DSM 5 o Autista pode passear entre os níveis, leve, moderado e severo indiferente da classificação de seu autismo. (Porém uma melhora não significa cura mas estabilidade nas suas condições Coexistentes)

3° Os níveis podem ser avaliados conforme a estrutura e capacidade individual de cada autista, alguns podem ser observados já com 1 ou 2 anos de vidas outros entre 3 e 4 anos ou apenas após os 6 anos, variando de cada indivíduo e respeitando suas particularidades.

4° A atual CID 10 está em migração para CID 11 o que facilitará as alocações para conceitos adicionais após JAN 2022, você acha a tabela facilmente na Internet.

5° Demais avaliações como Asperger (Termo em descontinuação) Alto Funcionamento, Altas Habilidades/Superdotação, Savant, Hipertimesia e outras características são associativas pela presença de Dupla Excepcionalidade (É necessário uma avaliação e apoio com profissionais capacitados como neuropsicólogo, psicopedagogo, psicólogo entre outros com validação médica profissional)

6° Todos os Autistas podem apresentar AH/SD, Alto Funcionamento ou Savant porém um Savant pode não ser um Autista.

7° O Autista pode também não apresentar nenhuma dupla excepcionalidade significativa, isso não significa que ele não precise de apoio ou acompanhamento pelo seu modo neurodiverso.

8° Todo autista tem capacidade de aprendizado, hoje nosso cérebro poderá ser treinado e adaptado onde se enquadra a classificação de neuroplasticidade, sendo assim atividades, terapias e trabalhos direcionados podem melhorar significativamente a qualidade de vida do autismo e suas Condições Coexistentes e Comorbidades (Isso não significa sair do espectro, termo totalmente infundado utilizado por profissionais que não sabem dividir o que é ser autista ou autismo sobre investigação)

Com essas informações podemos concluir que para a devida adequação devemos observar em conjunto com o devido diagnóstico e apoio profissional capacitado para identificar potencialidades e negativas dentro do espectro autista.

Não adianta ter o TEA identificado sem se enquadrar devidamente, lógico que respeitando a 3°observação.

Tendo essas conclusões podemos observar que devemos criar separações de características embasadas pelos estudos dentro do DSM 5, enquadramento da dupla excepcionalidade e demais avaliações, a junção desse enquadramento deve respeitar os pilares avaliativos e quantitativos para o meio neurodiverso.

Autista Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais.