segunda-feira, 27 de julho de 2020

Avaliação de Dupla Excepcionalidade com novo padrão WISC-5 e Raven para auxiliar crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais.



Avaliação de Dupla Excepcionalidade com novo padrão WISC-5 e Raven para auxiliar crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais.

Profissionais do âmbito de Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Psicologia e Neurologia abriram características para novas abordagens do teste de QI, mais curto para crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais.

Por décadas, os neuropsicólogos usaram o teste Wechsler Intelligence Scale for Children como o teste do quociente de inteligência padrão-ouro (QI) para determinar as habilidades intelectuais de crianças com necessidades especiais. No entanto, esse testes podem levar até 4, 6 até 8 horas para serem concluídos, entre várias seções, e muitas crianças,  adolescentes e adultos com necessidades especiais têm dificuldade em participar de testes tão longos.

Para resolver esse problema, os pesquisadores do Centro Thompson para Distúrbios do Autismo e do Desenvolvimento Neurológico da Universidade do Missouri identificaram medidas no teste que pareciam ser repetitivas e conseguiram encurtar o teste em até 20 minutos, mantendo a precisão na determinação do QI de uma criança.

"Como neuropsicólogos, passamos uma quantidade considerável de tempo, geralmente um dia inteiro ou uma tarde inteira com pacientes para realmente conhecê-los, e isso pode ser muito para uma criança com um distúrbio neurológico como autismo ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ", disse John Lace, um estudante de doutorado que está concluindo um estágio em neuropsicologia clínica na MU School of Health Profissões. 

"Se conseguirmos maximizar com eficiência as informações que obtemos de nossos pacientes durante este teste sem sobrecarregá-los, podemos economizar tempo e dinheiro para clínicos e pacientes, o que reduz a carga geral de cuidados de saúde em famílias com deficiências no desenvolvimento neurológico".

Esse novo padrão consiste também na aplicação do teste complementar conhecido como Raven para auxiliar na junção de potencialidades dentro do novo quesito de avaliação, com faixas para apoiar todas as faixas do desenvolvimento neural.

Os neuropsicólogos usam o teste Wechsler Intelligence Scale for Children com Raven para auxiliar não apenas no diagnóstico de indivíduos com distúrbios do desenvolvimento neurológico, mas também para ajudar a informar decisões sobre tratamentos e planos educacionais.

"Nosso objetivo geral é ajudar as pessoas a entender quaisquer diferenças cognitivas ou de aprendizado que possam ter, o que pode levar a opções de tratamento, como terapia comportamental ou intervenções na escola", disse Lace. "Como neuropsicólogos, nossa profissão está no ponto crucial de enfrentar esses desafios, tanto academicamente quanto na prática, para ajudar os médicos a otimizar o que fazem e impactar positivamente o atendimento ao paciente".


Referência:

John W. Lace, Zachary C. Merz, Erin E. Kennedy, Dylan J. Seitz, Tara A. Austin, Bradley J. Ferguson, Michael D. Mohrland. Exame de estimativas de QI de forma curta de cinco e quatro subtestes para a Wechsler Intelligence Scale for Children-Fifth edition (WISC-V) em uma amostra clínica mista . Neuropsicologia Aplicada: Criança , 2020; 1 DOI: 10.1080 / 21622965.2020.1747021

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Novos comportamentos sociais de autistas são associados por ações sensoriais fora do nosso cérebro.

Novos comportamentos sociais de autistas são associados por ações sensoriais fora do nosso cérebro.

Modelo de estudo abordado em moscas apontam uma possível modelagem de terapia para nossa melhora significativa no modelo de socialização, parece ficção científica porém é ciência.

Conforme novo estudo, realizado pela universidade da Pensilvânia, fornece fortes evidências que tais distúrbios sociais não estariam apenas ligado aos neurônios cerebrais.

Um novo estudo da Penn Medicine fornece mais evidências de que os comportamentos sociais ligados aos distúrbios do espectro do autismo (TEA) emergem da função anormal dos neurônios sensoriais fora do cérebro. "É uma descoberta importante, publicada na revista Cell Reports , porque os sistemas sensoriais periféricos aqueles que determinam como percebemos o ambiente ao nosso redor proporcionam alvos terapêuticos mais acessíveis para o tratamento de sintomas relacionados ao TEA, em vez do próprio cérebro central."

Ao realizar testes direcionado os pesquisadores mostraram que a perda de uma proteína conhecida como neurofibromina 1 fazia com que as moscas adultas tivessem prejuízos sociais. Esses déficits, os pesquisadores também mostraram, remontam a uma perturbação primária em um pequeno grupo de neurônios periféricos que controlam estímulos externos, como cheiro e toque, que se comunicam com o cérebro.

"Esses dados levantam a possibilidade empolgante de que a raiz do problema não comece com erros no próprio cérebro. É o fluxo interrompido de informações da periferia para o cérebro que deveríamos examinar com mais atenção", disse o autor sênior Matthew Kayser, MD, PhD, professor assistente no departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia. "As descobertas devem ajudar a guiar o campo em direção aos alvos terapêuticos do processamento sensorial que, se eficazes, podem ser transformadores para pacientes que sofrem desses distúrbios".

Em humanos, a perda de neurofibromina 1 está associada à neurofibromatose tipo 1 (NF1), um distúrbio do neurodesenvolvimento com altas taxas no Autismo, mas não se sabe como essa perda leva a déficits sociais. Estudos anteriores também mostraram uma ligação entre o sistema sensorial periférico e déficits sociais; no entanto, este é o primeiro estudo a implicar a função da neurofibromina.

Até 50% das crianças com NF1 fazem parte do espectro do autismo e são 13 vezes mais propensas a exibir sintomas de ASD altamente elevados, incluindo deficiências sociais e de comunicação, maior isolamento e intimidação, dificuldades em tarefas sociais e sensibilidades ao som ou à luz. Todos esses sintomas estão associados a dificuldades no processamento de informações sensoriais.

Para entender esses neurônios externos precisamos fazer o processo inverso do meu artigo onde eu explico o sistema nervoso central, essa desordem funciona no ato de retorno de uma desordem maior pelo sistema muscular no Autismo. Podemos também interligar as ações sensoriais prejudicadas no Autismo que se espalham por todo o corpo onde o sistema nervoso tem sua representação com neurônios fora do cérebro porém com contato contínuo com sistema neural.

Voltando a pesquisa e comparação feita pela equipe, liderada da cientista pós-doutorada, Penn Emilia Moscato, PhD, usou moscas geneticamente manipuladas para mostrar que a perda de neurofibromina levou a um comportamento social reduzido e a erros nos neurônios sensoriais gustativos chamados ppk23, que são conhecidos por coordenar tais comportamentos. Esses déficits comportamentais decorrem de um papel contínuo da neurofibromina na coordenação das funções sociais em adultos, em vez de orientar o desenvolvimento de circuitos neurais comportamentais sociais.

Mais especificamente, o monitoramento direcionado da atividade neural nas moscas mutantes mostrou diminuição da ativação dos neurônios sensoriais em resposta a sinais hormonais específicos, que então interromperam o funcionamento adequado dos neurônios cerebrais (Minha análise do SNC, SM etc…) que direcionam as decisões sociais. A interrupção também levou a mudanças persistentes no comportamento das moscas além da própria interação social, sugerindo que um breve erro sensorial pode ter conseqüências duradouras no comportamento.

Dentro dessa observação o estudo mostra que o sistema neural do Autista, mantendo o padrão do seu neurodesenvolvimento não se faz possível corrigir o processo de estruturação neural, porém podemos minimizar ações futuras que não foram gravadas por retornos neurais a ações novas, possibilitando uma melhor comunicação.

Os pesquisadores pretendem também entender melhor como essa mutação se traduz em interrupções na atividade cerebral e, finalmente, nos comportamentos associados ao ASD e NF1. Eles também esperam testar diferentes drogas em modelos animais para identificar novos compostos que possam restaurar comportamentos sociais com melhores respostas a estados emotivos extremos, evitando possíveis crises ao ajustar um retorno mais plausível de um Autista.

"O processamento sensorial é um ponto de entrada facilmente testável para a disfunção social comportamental", disse Kayser, "de modo que os resultados desses experimentos têm potencial para impactar rapidamente o cenário clínico".

Vale reforçar que esses estudos não idealizam a cura do autismo, pelo contrário, buscam melhoras significativas na interação e respostas sociais tidas como inaptas para exercícios básicos de interação, como por exemplo, atividades rotineiras em autistas severos e moderados ou com recuou social evidente para uma possível interação e vasta presença de agressividade e rigidez.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram 

Referência:

Emilia H. Moscato, Christine Dubowy, James A. Walker e Matthew S. Kayser. Déficits comportamentais sociais com perda de neurofibromina emergem da disfunção neuronal quimiossensorial periférica . Cell Reports , 2020; 32 (1): 107856 DOI: 10.1016 / j.celrep.2020.107856

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Estudos apontam que o Autista recebe o diagnóstico porém não tem continuidade no tratamento e terapias adicionais o que afeta diretamente seu desenvolvimento e controle de outros fatores como as Comorbidades.


Estudos apontam que o Autista recebe o diagnóstico porém não tem continuidade no tratamento e terapias adicionais o que afeta diretamente seu desenvolvimento e controle de outros fatores como as Comorbidades.

Estudos apontam que a maioria dos indivíduos com autismo após a abordagem e o diagnóstico do autismo não recebe as recomendações corretas para o devido acompanhamento, e tratamento Multidisciplinar, esse novo estudo foi feito.com mais de 4.500 crianças.

A Academia Americana de Pediatria recomenda que os médicos examinem todas as crianças quanto ao autismo a partir dos 18 meses de idade ou se possível uma pré avaliação antecipe sinais primários e encaminhe crianças com resultados positivos a um novo grupo especialista em autismo para avaliação adicional, além de exames e profissionais adicionais para testes auditivo e a serviços de intervenção precoce como terapia ABA e suas ramificações.

O estudo apontou que esses encaminhamentos adequados ocorrem apenas em 4% das crianças avaliadas pelas ferramentas populares de triagem para o autismo durante visitas médicas de rotina, reafirma o estudo.

Outro ponto super importante que uma cálculo de comparação demonstra que esse número no Brasil é muito mais acentuado por falta de preparo pelo sistema único de saúde o SUS onde apenas 0,4% das crianças conseguem seguir com o tratamento, intervenções e avaliações adicionais.

"O que este estudo mostra é que as pessoas não estão seguindo [diretrizes para a triagem do autismo], pelo menos no que diz respeito ao encaminhamento", diz Katharine Zuckerman, professora associada de pediatria na Oregon Health and Science University, em Portland,  "Não importa se você examina todo mundo se não encaminhar essas crianças, adolescentes e adulto dentro de um processo correto avaliativo e investigativo"

Os médicos parecem indicar apenas algumas crianças para os acompanhamentos Multidisciplinares, dependendo do sexo, raça e outras características da criança, diz a co-pesquisadora Kate Wallis , pediatra comportamental do Hospital Infantil da Filadélfia, na Pensilvânia. Por exemplo, sua equipe descobriu que é menos provável que os médicos encaminhem meninas do que meninos para intervenção precoce, o que reforça meu posicionamento sobre a necessidade de falarmos mais sobre o Autismo Feminino, Diagnóstico tardio e seu impacto social.

"Temos que encontrar maneiras de melhorar as taxas de referência para que todas as crianças possam ser avaliadas e iniciar os serviços de terapias", diz Wallis.

Considerações clínicas:

Wallis e seus colegas analisaram registros eletrônicos do sistema de saúde e várias visitas de rotina a 31 clínicas de cuidados primários na Pensilvânia e Nova Jersey de 2013 a 2016. Os médicos dessas clínicas examinam todas as crianças em busca de autismo aos 16 a 30 meses de idade, usando um questionário padronizado para os pais. chamada Lista de Verificação Modificada para Autismo em Crianças (M-CHAT).

Os pesquisadores descobriram 4.442 crianças cujas pontuações no M-CHAT justificaram uma entrevista de acompanhamento com os pais. Mas essa entrevista ocorreu em menos da metade deles, ou seja algo em torno de 1.660 crianças. Os médicos não fizeram uma entrevista para 63% das crianças, incluindo 473 que tiveram uma pontuação tão alta que nenhuma entrevista foi necessária para confirmar os resultados.

Das crianças cujos pais tiveram entrevistas de acompanhamento, os médicos determinaram que 1.560, ou 94%, haviam sido negativos. Isso pode indicar que os médicos fazem acompanhamento principalmente quando suspeitam de falsos positivos. Os falsos positivos são um problema conhecido do M-CHAT , e a entrevista de acompanhamento foi projetada para eliminar tais dúvidas, por outro lado a disparidade fica evidente quando os profissionais passam a utilizar outros balizadores incluindo a anamnese correta.

As famílias com um plano completo de saúde "Seguro, algo próximo ao nosso plano de saúde aqui no Brasil" estavam entre as com maior probabilidade de receber uma entrevista correta e de ter acompanhamento e tratamentos adequados. É mais provável que os médicos encaminhem crianças para uma entrevista de acompanhamento quando sabem que o seguro de uma família cobrirá as terapias (Algo bem similar ao Brasil quando comparamos o plano de saúde e o SUS) Os resultados foram publicados em maio no PLOS One .

Os resultados destacam a necessidade de entender o que impulsiona a tomada de decisões após uma avaliação do autismo com quadro positivo, diz Wallis. "Alguns pediatras podem não confiar nos resultados das abordagens, podem ter outras prioridades de saúde a serem avaliadas dentro de uma Comorbidade durante a visita ou podem não querer preocupar os pais se não tiverem certeza se uma criança tem autismo".

Esse estudo apenas reforça a minha visão crítica e analítica onde o sistema de saúde ou amparo social deverá ser reestruturado em toda sua cadeia para que possamos não apenas avaliar o autismo mas criarmos um centro de referência para o diagnóstico, tratamento e terapias, incorporando todo o processo de melhora na qualidade de vida do Autista.


REFERÊNCIAS:

Wallis KE et al. PLOS One 15 , e0232335 (2020) PubMed
Johnson CP et al Pediatrics 120 , 1183-1215 (2007) PubMed

sábado, 27 de junho de 2020

Vamos falar sobre o "Get off the spectrum" Sair do Espectro Autista? E suas inconsistências avaliativas e profissionais.


Vamos falar sobre o "Get off the spectrum" Sair do Espectro Autista? E suas inconsistências avaliativas e profissionais.

Recentemente um estudo feito pelo conselho internacional de neurociência em conjunto com órgãos regulamentadores efetuou uma nova abordagem ao tema "Get off the spectrum" ou sair do Espectro Autista conforme vem sendo abordado por alguns profissionais relacionados a transliteração de conteúdos. Processo comum de tradução no Brasil onde não são levando em considerações abordagens primeiras da cultura para o entendimento regionalizado de determinada terminologia ou nomenclatura.

Como já é de costume de tempos em tempos, surgem histórias de crianças, adolescentes e adultos que parecem ter simplesmente "superado" ou eliminado um diagnóstico precoce de autismo.  Essas histórias geralmente se relacionam a uma ou outra abordagem terapêutica - ABA, uma mudança na dieta ou alguma outra técnica para melhorar os sintomas autistas. Conforme estudos apontam é realmente possível para uma pessoa ser diagnosticada com precisão com autismo quando criança e depois "crescer" com a suposta saída do espectro autista?

Conforme avaliações recentes por abordadas em conjunto e avaliadas pelo conselho internacional de neurociência, neurologia e psiquiatria, oficialmente, a resposta é "não"

Siri Carpenter escritora, cientista, premiada com Madison, Wisconsin, ativista e a primeira autora do livro de psicologia Visualizing Psychology (John Wiley & Sons, 2007). Traz a reflexão para os contextos atuais, de acordo com o DSM-5 (o manual de diagnóstico que atualmente descreve os distúrbios mentais e do desenvolvimento nos Estados Unidos e em muitos outros países), a resposta é não, não é possível sair do autismo.

Em outras palavras, podemos observar que o DSM, categoriza os sinais do autismo para características de condições Coexistentes (Não apenas Comorbidades) esse processo do neurodesenvolvimento se apresenta cedo e continuam por toda a  vida quando abordamos observações do sistema interno para sua característica do sistema neural, embora os adultos possam "mascarar" seus sintomas, processo que costumo comparar com a camuflagem mesmo que em algumas situações esse processo não eliminará o primórdio para sua metodologia de pensamento. Porém, de acordo com o DSM, é sim possível evoluir gradativamente não apenas entre os níveis podemos inclusive sermos favorecidos com características do processo evolutivo onde "crescer" no autismo se torna possível. Já com a abordagem primária à conclusão científica aborda que se de fato, se uma pessoa com diagnóstico de autismo parece superar, eliminar características únicas de seu processamento neural ao que corresponde aos seus sintomas iniciais, ela não foi diagnosticada adequadamente.

O autismo pode ser diagnosticado incorretamente, em alguns casos, um profissional pode colocar um rótulo de "autismo" em uma criança por causa de comportamentos e características que se enquadram nos critérios de autismo, mas não avaliam outros problemas subjacentes aos seus comportamentos.  Não são apenas características do autismo compartilhados por outros distúrbios relacionados (e não relacionados), mas alguns sintomas semelhantes ao autismo podem ser responsáveis por problemas físicos que podem ser abordados de maneira precipitado no diagnóstico.  

Por exemplo:

A fala tardia ou desordenada, um sintoma clássico do autismo, pode ser causada por muitos problemas diferentes, desde apraxia da fala até perda auditiva, isso não deve ser levado em consideração como característica única para a abordagem do Autismo, esses são problemas subjacentes que podem surgir em um discurso típico.

Problemas sensoriais podem levar a comportamentos avaliativos para o pré diagnóstico do autismo, mas é muito possível ter disfunção sensorial sem ser autista, vemos essas características constantemente relacionadas em pessoas deficiências adicionais onde sua percepção poderá ser compensada ou desregulada, um exemplo simples é minha visão monocular onde tenho uma compensação de 75% na parte auditiva direita, em paralelo a visão onde não enxergo levando em consideração apenas essa observação poderia não ser um fator primordial para tal diagnóstico, em contrapartida na audição esquerda eu apresento a mesma porcentagem em uma.soma total de acuidade auditiva que apresenta interferências além da deficiência.  Quando pegamos essa características  e ajudamos uma criança a gerenciar ou evitar ataques sensoriais, todos os comportamentos desaparecerão, diferente de um processamento pré definido.

Alguns comportamentos semelhantes ao autismo podem resultar de alergias, seletividade ou intolerâncias alimentares.  Se uma criança é alérgica ou intolerante a lactose ou glúten, por exemplo, remover esses itens de sua dieta pode ter um tremendo impacto positivo no aprendizado e no comportamento, em outras observações essa retirada ou controle suplementar em crianças típicas podem não representar nenhuma alteração em seu quadro.


Em muitos casos, as crianças são diagnosticadas com autismo quando um diagnóstico mais apropriado pode ser Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Ansiedade Social ou Transtorno de Aprendizagem Não Verbal. Quando esse for o caso, é possível que uma combinação de terapia cognitiva e medicação apropriada seja essencial. se fazendo visível a recuperação total de tais Comorbidades (Diferentes das Condições Coexistentes) com a não necessidade de um diagnóstico Autístico.

Com essa visão devemos abolir a nomenclatura "Get off the spectrum" ou Sair do Espectro, visto que muitos profissionais confundem o complemento terapêutico para melhora na qualidade de vida com o A.B.A / Denver em suas ramificações, as terapias e tratamentos médicos e profissionais podem sim melhorar radicalmente as Comorbidades (Doenças/Morbidsus/Latin) dentro do sistema neural o seu intelecto neurodiverso se manterá e caso esse aspecto não seja observado todo o tratamento das demais características podem se tornar infindáveis, embora as crianças com autismo não parecem "melhorar" ao longo do tempo sem intervenção, a maioria melhora ao longo do tempo com terapias e maturidade. podemos concluir que alguns melhoram bastante inclusive superando barreiras de divisão social para sua comunicação e defesa do seu meio, posso enumerar diversos Autistas, que demonstram superar diariamente suas dificuldades dentro dessa diversidade em que vivemos.

Observamos que profissionais de praticamente todas as terapias do autismo podem contar histórias de uma criança que começou com sérios desafios e, com o tempo, construiu habilidades significativas.  Em alguns casos, as crianças são descritas como "recuperadas" ou "indistinguíveis de colegas comuns".  A realidade, no entanto, é que a maioria das crianças que parecem "curadas do autismo" foi curada de algum problema físico ou psicológico que causa sintomas semelhantes ao autismo ou aprendeu técnicas e comportamentos de enfrentamento que efetivamente mascaram (Camuflaram como gosto de dizer) seus sintomas de autismo.

Se uma pessoa foi diagnosticada com autismo com precisão, ela ainda terá as mesmas diferenças que teve quando criança.  Ele quase certamente precisará de pelo menos algum apoio para gerenciar os desafios da vida moderna.  Mas, em alguns casos, ele pode ser capaz de "passar" como neurotípico em pelo menos algumas situações.

Quais filhos têm mais probabilidade de melhorar consideravelmente no Autismo?

Crianças com o Autismo severo relativamente podem sim melhorar até o ponto em que é capaz de se apresentar bem em diversos ambiente como escolas,  viagens, passeios e participação social.  Mas isso dependerá de diversos fatores já citados como terapias, medicamentos, tratamentos e acompanhamento médico profissional. Embora a inclusão possa ser apropriada por um período de tempo, a maioria das crianças com autismo severo ou moderado acha difícil ou impossível gerenciar demandas cada vez mais complexas nas áreas de comunicação social, funcionamento executivo e raciocínio abstrato com isso esse acompanhamento poderá ser constante e intermitente, onde as melhorias devem ser sempre observadas e avaliadas em uma constância adequada, aqui observamos que nossa aceitação fará toda diferença na qualidade de vida desse Autista. Dentro desses limitadores crianças não verbais podem desenvolver outros métodos de comunicação, suas convulsões podem ser controladas com apoio médico profissional e seu aprendizado pode ser ajustado conforme regras da neuroplasticidade.

Dentro da verdadeira realidade é que as crianças com maior probabilidade de melhora rápida e assertiva são aquelas cujos sintomas já são relativamente leves e não incluem questões como convulsões, atraso na fala, dificuldades de aprendizado ou ansiedade severa.  Em geral, portanto, as crianças com maior probabilidade de aparentemente "derrotar" o autismo são aquelas com QI normal ou acima do normal, habilidades de linguagem acentuadas e outros pontos fortes existentes.

É importante notar, porém, que deixar para trás um diagnóstico do espectro do autismo não é a mesma coisa que tornar-se "normal".  Mesmo crianças com funcionamento muito alto que parecem "superar" seu diagnóstico de autismo ainda lutam com uma variedade de questões de vários aspectos. observamos que tais indivíduos mantém ainda desafios sensoriais, dificuldades de comunicação social, ansiedade e outros problemas, que lhe direcionam aos diagnósticos primários após um novo período de acompanhamento como TDAH, TOC, ansiedade social ou uma reativação do Transtorno da Comunicação Social.

Então Jacson qual diferença entre "superação" e "radicalmente melhorando"?

Conforme observamos no DSM, qualquer pessoa que tenha sido diagnosticada corretamente com autismo sempre será autista, mesmo que não pareça ter sintomas de autismo. O fato de não estar apresentando nenhum sintoma significativo é uma prova de sua capacidade de " mascarar "ou"gerenciar " (Ou camuflar como gosto de falar) suas dificuldades cotidianas. Essa interpretação é compartilhada por muitos adultos funcionais que foram diagnosticados com autismo quando crianças. Uma pesquisa recente feita pela universidade de Oxford com mais de 2.000 Autistas chegou a seguinte indagação, unânime de todos os Autista avaliados "por dentro ainda sou autista, mas aprendi a mudar meus comportamentos e gerenciar meus sentimentos" também observamos que 89% de todos esses Autistas apresentam uma possível recaída, que pode ser sentida pela saturação emocional ou pausa em seus acompanhamentos e terapias.  Em outras palavras, há alguma visão básica que torna as pessoas autistas, e essa diferença básica não desaparece, mesmo que os sintomas comportamentais desapareçam.

Observamos aqueles que têm um ponto de vista muito diferente. A perspectiva deles: se uma pessoa não apresenta mais sintomas suficientes para um diagnóstico de autismo, ela superou (ou foi curada) o autismo.  Em outras palavras, as terapias funcionaram e o autismo se foi algo que é refutado não apenas pelas normativas mas pelos preceitos básicos de entendimento do sistema neural, quando colocamos os mais de 286 genes mapeados e replicados eles em escalas individuais não conseguimos idealizar tal afirmação do radicalmente melhorando, que enfatiza a famosa "Get off the spectrum" ou sair do Espectro, estudos mais aprofundados apenas reforçar que uma vez desenvolvido o processo neural não pode ser configurado em preceitos científicos onde em comparação temos dois fótons replicados em um espelho onde um deve tomar o lugar do outro, faz com que tal presença deixe de existir para que uma cópia tome seu lugar, algo ainda não superado pela atual ciência, podemos mesmo que pela ficção científica abordamos tais características inacessível pela série Altered Carbon.

Jacson então quem está certo?  Quando os sintomas não são mais óbvios para um observador externo, eles foram "superados"?  "curado?"  "mascarado?"

Como em muitas características relacionadas ao autismo, não há uma resposta absolutamente correta para essa pergunta.  Porém precisamos manter a coerência, sabendo utilizar o processo de investigação adequadamente, essa incerteza se estende ao âmbito profissional.  Sim, existem profissionais que removerão o autismo, dizendo "o autismo se foi".  E sim, existem aqueles que manterão a classificação, dizendo que "o autismo nunca desaparece verdadeiramente, embora seus sintomas possam não ser evidentes".  hoje ao escolher o seu médico profissional precisará ter esse cuidado, só assim você poderá obter a resposta adequada dentro das diretrizes primárias do DSM atual, mesmo que ainda abra precedentes para tais erros na investigação, entretanto novas formulações no âmbitos da psicologia, neuropsicologia, psiquiatria  e Neurologia reforçam a chegada de um novo DSM, intitulado como versão seis,  onde seu lançamento irá blindar tais características e reforçar diagnóstico avaliativo para o enquadramento do Autismo, tais pontuais reforçam que seu lançamento se dará em Dezembro de 2021, um mês antes da alteração do CID 10 para CID 11 incorporado e complementando processos de diagnósticos do Autismo, fontes de estudos consultadas pela Spectrum reforçam que tais ajustes avaliativos deverão ser mantidos por profissionais onde a sua classificação de saída do espectro deverá ser justificada com o Autismo sobre investigação, onde o profissional não deverá aplicar o enquadramento em caso de suposições, evitando tais desarmonia e desencontros nos processos avaliativos atuais.

Verywell explica aos pais de crianças com autismo geralmente ficam sobrecarregados com informações sobre "curas" que variam do irracional ao extremamente arriscado. Essas chamadas curas são baseadas em teorias sobre o autismo que não são suportadas por pesquisas.  É muito importante diferenciar entre tratamentos que podem e devem ajudar seu filho e aqueles que têm o potencial de prejudicá-lo.

Terapias como ABA, Denver, terapia lúdica, fonoaudiológica e terapia ocupacional podem fazer uma diferença positiva para o seu filho, assim como medicamentos para atenuar a ansiedade, gerenciar convulsões e melhorar o sono. já  tratamentos como quelação, câmaras de oxigênio, alvejantes e similares não são apenas ineficazes: são extremamente arriscados catalogados dentro de pseudoterapias ineficazes ao modelo internacional de atendimento.

Não devemos aqui unificar o tipo e nível  de autismo em um único pensamento sobre as dificuldades que uma mãe, pai cuidadores ou familiares têm com as diversas individualidades que o autismo apresenta pelo contrário devemos conscientizar e melhorar a acessibilidade a tratamentos, terapias, medicamentos e profissionais qualificados onde sua resposta a qualidade de vida seja efetivamente colocada em prática, sem promessas ou enquadramentos indevidos, embora a esperança (e a celebração de pequenas vitórias) seja sempre importante, também é senso comum deverá fazer parte de nossa trajetória ao lado do Autismo.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram @jacsonfiertea no Facebook e Jacson Marçal Blogspot.

Reference:

https://www.spectrumnews.org Acessado em 24/06/2020 às 18:34.



quinta-feira, 25 de junho de 2020

Além das Altas Habilidades/Superdotação Gifted and Talented


Além das Altas Habilidades/Superdotação em sua migração de conceito para Gifted and talented.

Estamos constantemente trabalhando pontos direcionados onde processos desatualizados no Brasil dificultam o trabalho Multidisciplinar em crianças, adolescentes e adultos dotados de habilidades que possamos extrair e trabalhar em suas particularidades, mesmo com conceito presente de Dupla Excepcionalidade podemos fazer um avanço significativo quando deixamos de lado padrões sazonais ultrapassados no processo de diagnóstico e apoio no Brasil.

Perguntas freqüentes sobre educação Gifted and talented efetuadas na Association Gifted EUA.

 Existe uma definição de "talentoso"?

Sim.  A atual definição federal de alunos talentosos foi originalmente desenvolvida no Marland Report to Congress de 1972 desde então passou por diversas atualizações onde foi modificada várias vezes desde então (Última em 2019). A definição atual, é:

Estudantes, crianças,  jovens e adultos que demonstram alta capacidade de desempenho em áreas como intelectual, criativa, artística ou de liderança ou em áreas acadêmicas específicas e que precisam de apoio e atividades que normalmente não são fornecidos pela escola para desenvolverem-se plenamente  esses recursos.

Nesse ponto específico conseguimos abordar uma característica que não se vê presente no atual processo educacional, dentro das atividades de apoio e atividades que normalmente não são fornecidos pela instituição de ensino, dentro desse aspecto observamos a necessidade de um trabalho direcionado de uma psicopedagoga que saiba trabalhar dentro de suas particularidades ou hiperfoco como ocorrido no autismo trabalhos de expansão gradual do seu conhecimento blindando possíveis negativas apresentadas na dupla excepcionalidade.


 Quantas crianças dotadas existem nos EUA?

O Escritório de Direitos Civis do Departamento de Educação dos EUA estima que 6% dos estudantes de escolas públicas estão matriculados em programas de dotação e talento.

Incrivelmente quando comparamos com crianças no Brasil esse número saltou para 7,5% dos estudantes em escolas públicas sem nenhum registro em programas de dotação e talentos

Quando migramos para crianças talentosas esse número sobe para 75% no Brasil e 58% no EUA, mantendo a diferença de não adaptação às características de ensino, sem apoio pedagógico direcionado no Brasil, já no EUA estudos dentro de novas funções continuam em constante evolução. 

Podemos observar aqui um verdadeiro obstáculo gerado pela diferença sócio educacional entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos onde a presença de apoio não é colocada em prática, temos uma notável redução de Q.I, Q.E e Q.A no Brasil, já pelo outro lado quando observamos a expansão da educação inclusiva os números apresentados no EUA saltam para 23% dos alunos da escolas públicas onde o desenvolvimento de atividades e modelos de aprendizado são compensados pelo conceito de desenvolvimento intelectual individualizado. Percebemos que crianças mesmo que apenas talentosas tendem a seguir sua desenvoltura complementar no âmbito educacional quando apoiado adequadamente.

Podemos observar essas características de Gifted and talented bem executada pelo processo de interesse regional de ingresso em universidades e áreas Multidisciplinares para seu desenvolvimento pessoal, uma carga de  complemento e aperfeiçoamento constante visto em países desenvolvidos, ditos de primeiro mundo conseguem implementar modelos adaptativos para atividades antes restritas ou fora de grades educacionais típicas.

Com base nessa adaptação observamos o surgimento de novas áreas em crescimento tidas pelos talentos trabalhado em países desenvolvidos;

Ciência e Processamento Tecnológico.
Genética e Modulação. 
Desenvolvimento Ecológico e Sustentável. 
Educação Multidisciplinar adaptativa.
Comunicação e Interação Filosófica.
Neuropsicopedagogia. 
Neuropsicologia. 
Medicina Sistêmica.
Arte Evolutiva.


São algumas das funções adequadas recentemente dentro de características do processo evolutivo ligado a crianças, adolescentes e adultos com características dos seus talentos com ligações de enquadramento a dupla excepcionalidade.

Com tais informações podemos observar a evolução constante no processo educacional, onde características de Adaptabilidade para atividades específicas começam a gerar resultados em diferentes áreas adaptativas, o Brasil precisará se adequar para esse processo evolutivo de educação onde não apenas crianças enquadradas dentro de sua dotação de conhecimento como criança comuns possam explorar seus talentos individuais.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram @jacsonfiertea no Facebook e Jacson Marçal Blogspot.

Reference:

https://www.nagc.org/ Acessado em 21/06/2020 às 14:30









domingo, 21 de junho de 2020

Talvez falte união entre os meios

Eu queria tanto que saíssemos dessa um pouco melhor, cientificamente falando temos poucos recursos e pouco tempo para fazermos a diferença, para criar algo melhor para as próximas gerações, quem sabe deixar algo que seja extremamente útil, um compartilhamento verdadeiro de esperança e união.

As pessoas continuam se achando melhores que as demais,

As pessoas continuam se preocupando unicamente com questões próprias,

As pessoas continuam com dificuldade em expressar empatia pelo próximo,

As pessoas continuam teimando em fazer o errado mesmo que o errado represente algo ruim para o próximo,

As pessoas continuam subestimando a natureza, a inteligência de outras pessoas a própria ciência não é mas respeitada,

As pessoas não conseguem entender que a união seria a forma mais prática e rápida para uma geração consciente, eficiente e racional para um bem maior,

De maneira estrutural o nível de inteligência vem reduzindo gradualmente, ano após ano essa pequena margem representa uma desordem gigantesca para o nosso futuro, nossa forma de agir e pensar, queria muito que a humanidade conseguisse de alguma forma perceber a sua real importância em um conjunto maior.

A sociedade porém não me parece muito preocupada com nosso futuro como um todo, ela que julga meu Autismo, dentro de uma forma divergente de pensar consigo observar o abismo imensurável sobre o que esperar do futuro de tal humanidade.

Dentro do nosso próprio meio também encontramos a clausura de pessoas, autistas, como eu, porém separatistas que não conseguem entender seu real propósito para com todos, 

"Se tá ruim deixa pra lá!"
"Eu ficando bem que mal tem!"

Em particular um que me chamou muita atenção nessa semana,

"Eu sou neurodiverso, represento apenas nosso meio" Mas e os outro? "Os outro são eles, eu sou eu" 

Estaríamos condicionados em uma vida tão separatista? Seríamos obrigados a representar tamanha arrogância e incoerência dentro de uma sociedade que se apresenta tão perdida diante do caos em que vivemos? Não tenho essas respostas, infelizmente queria eu poder mudar muitas questões que representem um bem maior.

Posso hoje dizer, o mundo que conheço não me parece mais o mundo que conhecia, esperança precisa ser colocada em prática dentro de pilares essenciais para nosso meio social. Quero que todos possam entender o real significado de responsabilidade por suas ações e suas objeções.

Acredito na união, acredito que nossa melhor opção esteja nela para que juntos possamos colocar em prática tudo de bom e positivo para um futuro melhor onde o egoísmo, ceticismo e narcisismo seja colocado de lado para que haja um verdadeiro futuro.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier nas redes sociais.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

A Hipo ou Hipersensibilidade dos sentidos no Autismo



A Hipo ou Hipersensibilidade dos sentidos no Autismo

Estudos recentes apontam que 98% dos Autistas ou seja sua maioria dentro do espectro experimenta ou experimentará pelo menos uma forma de hipersensibilidade dos cinco sentidos. 

Essas alterações nos comportamentos sensoriais podem levar a oscilações positivas ou negativas das desordens na capacidade do indivíduo de trabalhar, interagir com a família e participar de atividades de lazer.

Além disso, essas respostas atípicas a estímulos sensoriais normais podem estar associados aos principais sintomas do seu nível de autismo, como déficits sociais e comportamentos repetitivos.  Apesar da importância das anormalidades sensoriais para avaliação e adequação do autismo, o cérebro dos autistas recebem informações dos cinco sentidos no nível subcortical e como essas informações se transformam em respostas aversivas, sendo classificados em uma Hipersensibilidade ou hipo são investigadas em diversos níveis pela neurociência.

Estudos mostraram que, quando somos expostos (Autistas) a sinais sensoriais levemente aversivos, apresentamos hiperatividade anormais nas áreas do cérebro que processam informações sensoriais e emoções, em comparação com crianças em desenvolvimento típico.  Uma dessas regiões hiperativas é a amígdala, o centro emocional do cérebro que controla o medo e a ansiedade.  A amígdala também é conhecida por integrar informações sensoriais e emoções para manter a homeostase contra estímulos externos (Já escrevi aqui sobre Fight or Flight).

 A hipersensibilidade sensorial pode surgir da hipersensibilidade dos neurônios da amígdala em resposta a estímulos sensoriais normais ou, alternativamente, os neurônios normais da amígdala podem receber sinais exagerados das modalidades sensoriais.  Na parte frontal sub lateral do cérebro se concentrará nos neurônios do peptídeo relacionado ao gene da neuropeptídeo calcitonina (CGRP) no núcleo parabrachial pontino (PBN), que retransmitem sinais sensoriais multimodais para a amígdala.  Dados preliminares mostram que os neurônios positivos para CGRP transmitem informações sensoriais aversivas multimodais à amígdala, em todas as cinco modalidades sensoriais.

Com base nessas informações podemos concluir que os níveis de hipersensibilidade no Autismo poderá variar entre os extremos quando comparados dentro de um conjunto avaliativo para os 5 principais pilares destas características:

Olfato representando uma grande desordem por características ambientais, de alimentação e percepção individual de cada produto, podendo gerar um interesse agradável ou extremamente desagradável por vários tipos de alimentos e objetos em geral.

Paladar trabalhando em conjunto com o Olfato tem sua percepção aguçada ou totalmente desregulada para percepção de sabores, temperos e texturas. Uma característica que tende apresentar negativas dentro dos padrões de conhecimento reforçando.

Visão pode apresentar principalmente aceleração e foco desregular pela percepção aguçada dentro se um ambiente, tem ligação com as demais modalidades sensoriais no autismo podendo inclusive ter uma avaliação dinâmica para cores e tons onde podemos passear entre os limites de gostos e seletividade individual no espectro.

Tato trabalha com os demais aspectos sensoriais com ele autistas podem passear entre características de aprendizado além de apoio direcionado para demais terapias como TO e Fono além das maneiras singulares de aprendizado com essa percepção sendo aguçada, por outro lado pode ocorrer uma grande deficiência no momento da sensibilidade onde avaliação médica profissional se faz necessária.

Audição uma característica sensorial muito presente no Autismo, essa desordem pode gerar extremos excessos que segue uma linha maior de desordem, autistas pode ouvir sons em uma frequência muito baixa ou simplesmente repelir a recepção de sons, para o devido apoio Multidisciplinar se faz necessário uma avaliação para o devido enquadramento e atendimento, existem ferramentas de apoio como redutores, abafadores e relacionados.

Uma avaliação adequada desses fatores relacionados à hipersensibilidade podem nos fornecer informações fundamentais em nível de testes sobre o modelo de hipersensibilidade sensorial no autismo e fornecer conhecimento crítico para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas específicas para tratar a hipersensibilidade sensorial no autismo com profissionais médicos e terapêuticos profissionais.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram e @jacsonfiertea no Facebook.

Reference:

https://www.autism-society.org/children-autism-hypersensitivity-communication-tips-help/ Acessado 12/06/2020 às 12:12.

https://integratedtreatmentservices.co.uk/blog/sensory-hyper-hyposensitivity-autism/ Acessado 10/06/2020 às 10:36.

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30244585/ Acessado 11/06/2020 às 13:21