domingo, 23 de agosto de 2020

DESMASCARANDO OS MILAGRES NO AUTISMO – PELA OMC, OMS, OMPS e OPP.

 


DESMASCARANDO OS MILAGRES NO AUTISMO – PELA OMC, OMS, OMPS e OPP.


Diariamente presenciamos várias dificuldades de mamães, papais e autistas sobre suas comorbidades, sobre o seu estado, sobre a busca implacável de mamães e papais para a melhora gradativa de seus filhos.


Muitas pessoas não sabem o real significado do Autismo, recebem um Laudo, com o NOME AUTISMO, em algumas ocasiões um complemento simples sobre uma D.I ou outra condição coexistente, porém não tem nenhum nível de informação adequada de como prosseguir, como conseguir seguir em frente com seu filho, muito menos outros detalhes sobre sua forma de tratamento.


Diariamente essas mesmas mamães, papais e autistas que recebem seus laudos são metralhados por todos os lados, pela indústria da mentira, que está cada vez mais presente em meios de pseudoterapias, que oferecem efeitos placebos em sua grande maioria, indutores de algo maior, sim, prometem a cura com a Água Sanitária, melhora cognitiva com essências, dietas alimentares unificadas para um grupo de Autistas, sem levar em conta fatores primordiais de diferenciação do autismo.


Cada autista tem suas particularidades, nenhum deveria ser tratado como um todo, as pseudoterapias chegaram ao cúmulo de oferecer supostas curas, tratamentos unificados sem o aparelhamento ou complemento correto médico profissional.


Na contramão estamos presos em um sistema interligado que clama por conhecimento, falta adaptabilidade e coerência, em profissionais que mesmo com o pedido completo de familiares não conseguem redigir um laudo coeso e centrado sobre os pontos, positivos, negativos sobre sua potencialidade e logicamente as abordagens sugestivas para suas comorbidades.

A sociedade clama por profissionais ao mesmo tempo que se sustenta nesse entrelaçado de informações massificadas sobre tendências sem aparelhamento ou complemento verídico ao meio autístico, quem devemos culpar? Os profissionais? Os familiares? Os meios disponíveis? 


Os efeitos placebos apresentados pelo o estudo da universidade de Barcelona na Espanha, mostra claramente o apelo social para extinção é não validação de mais de 73 atividades desenvolvidas, não apenas no Brasil como em diversos países da América do Sul e África, entre elas podemos observar as essências, a reprogramação do DNA, a reposição desordenada de suplementos, a hemoterapia além das atividades ortomoleculares.


Em nota a OMC em parceria com a OMS deixa claro seu clamor para atenção adequada a pacientes que precisam de uma real atenção, onde vidas são diariamente ceifadas pela espera do milagre com embasamentos de efeitos placebos ou paliativos que não tratam a real causa das comorbidades e suas adaptabilidades as condições coexistentes.

Partindo do princípio cientifico, legal, várias pessoas ainda não acreditam nos tratamentos e profissionais, julgando-os pelas suas capacidades adquiridas, ao invés de trabalharmos em conjunto para melhora gradual dos entendimentos, o Brasil clama por conhecimento no meio autístico, onde deveríamos prezar pela logica, racionalidade e compartilhamento ético profissional.


Deixo aqui meu apelo para que Papais, Mamães, autistas e não autistas prezem sempre pela qualidade e excelência profissional de fundamentos lógicos, onde dentro dos quadros do autismo. A escolha é sua, a decisão de mudança parte de você, não coloque seu filho, autista em nível de comparação, fazendo isso você ficara sujeito a efeitos únicos para indivíduos diferentes. Sendo assim busque sempre um amparo médico profissional, além de psicólogos, neuropsicologos, psicopedagogos e terapeutas qualificados.


Autista- JACSON MARÇAL - @jacsonfier


Referencias: 


Edawrd Nortteng - The Ineffectiveness of Psychotherapy, 2018, P.25,28,45,102,146.

30.12.2019 ás 18:30 -  https://www.diariomedico.com/salud/sanidad-y-ciencia-definen-un-primer-listado-de-73-pseudoterapias.html


30.12.2019 ás 20:15 - https://www.cgcom.es/observatorio-omc-contra-las-pseudociencias-intrusismo-y-sectas-sanitarias

01.01.2020 ás 14:20 - https://www.mscbs.gob.es/gabinete/notasPrensa.do?id=4527

01.01.2020 ás 15:35 - https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/terapias-sao-classificadas-como-ineficazes-na-espanha/


*Lista de pseudoterapias* que afetam não apenas os autistas mais diversas outras Condições Coexistentes e Comorbidades pelo mundo, proibidas pelo conselho internacional de medicina, Spectrum e OMSP, seguem práticas listadas como pseudoterapias já proibidas inclusive nos seguintes países, Argentina, Espanha, Inglaterra, Noruega e Rússia.


Análise Somato Emocional

Análise Transacional

Anjos da Atlântida

Harmônicos

Arolo tifar

Ataraxia

Aura Soma

Biocibernética

Breema

Cirurgia energética

Coaching transformacional

Constelações sistêmicas

Cristais de quartzo

Cromopunctura

Taças de quartzo

Taças tibetanas

Diafreoterapia

Terapia vibracional com diapasões

Acupressão

Essências marinhas

Espinologia

Fascioterapia

Feng shui

Terapia floral do amanhecer

*Frutoterapia

Gemoterapia

Geobiologia

Geocromoterapia

Geoterapia

Grafoterapia

Hemoterapia

Hidroterapia de cólon

Hipnose ericksoniana

Homeossíntese

Iridologia

Lama-fera

Massagem Babandi

Massagem californiana

Massagem da energia dos chacras

Massagem metamórfica

Massagem tibetana

Medicina antroposófica

Medicina dos Mapuches

Medicina ortomolecular

Metaloterapia

Método de orientação corporal Kidoc

Método de Grinberg

Numerologia

Oligoterapia

Urinoterapia

Oxigenação biocatalítica

Pedras quentes

Pirâmide vastu

Plasma marinho

Posturologia

Pranoterapia

Psico-homeopatia

Cura psíquica

Quinton

Radiestesia

Renascimento

Núcleo de sincronização

Sofronização

Sotai

Tantra

Técnica fosfénica

Técnica metamórfica

Técnica nimmo de massagem

Terapia bioenergética

Terapia biomagnética

Terapia de renovação da memória celular

Terapia floral da Califórnia e de orquídeas

Terapia regressiva

Aromaterapia Óleos Essências


Sempre consulte um médico profissional. 

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Aplicando o TOM "Teoria da mente" em PcD, identificando emoções para o devido apoio.

 


Aplicando o TOM "Teoria da mente" em PcD, identificando emoções para o devido apoio.


A teoria da mente vem sendo estudado a diversos anos, passando sempre por avaliações que colocam em prática, atividades em conjunto com a terapia, onde o profissional de psicologia poderá efetuar um filtro avaliativo e quantitativo para organização das emoções dentro de fatores sociais para uma criança,  adolescente ou adulto.


A teoria da mente se estende dentro de diversos pilares e pode ser ramificado dentro de atividades para reforços que auxiliem um autista,  esquizofrênico, pessoas com TDAH, sociopatia e diversos outros transtornos de personalidade, leves ou acentuados que em sua alternância dificultem o seu convívio social.


Quando falamos de teoria da mente aplicada ao Autismo muitas pessoas pensam que isso se refere ao fato de que uma pessoa perde seus traços autísticos, sendo totalmente o oposto. Com base nos estudos de Piaget,  o interesse é que a intervenção seja efetuada o mais cedo possível,  possibilitando tais modulações dentro do seu processo de neurodesenvolvimento,  um exemplo comum ocorre quando falamos sobre a empatia onde temos um conceito, que significa reconhecer e compreender os estados de espírito, incluindo crenças, desejos e particularmente emoções de outros sem injetar as suas próprias, muitas vezes caracterizada como a capacidade de "colocar-se no lugar do outro". estudos apontam que as crianças devem desenvolver a 'teoria da mente' por volta dos quatro anos de idade. Porém isso poderá ser modular com o devido apoio terapêutico profissional. 


Quando observamos as ligações da teoria da mente, em especial nos Autistas, por não entenderem o que as outras pessoas pensam de forma diferente de si mesmas, as pessoas no espectro do autismo podem ter dificuldades nas interações sociais com outras pessoas. Podemos não entender e ficamos chateados se alguém não souber responder a uma pergunta. Temos dificuldades em identificar situações em que os outros pessoas queiram expressar determinada emoção ou ação, e uma grande dificuldade em compreender  emoções, muitas vezes ficamos com essa visão única o que gera alternância em uma reação.  Porém estudos aplicados com características de reforço mostram a capacidade de copiar ações que melhorem o convívio gradual no meio Autístico. Também devemos observar que existem autistas que podem apresentar uma característica mínima dentro dessas dificuldades, o que pode gerar um maior controle em ações que precisem de uma reação ou antecipação.


A teoria da mente explica também a capacidade que Autistas que não recebem o devido apoio, terapêutico e médico profissional, onde observamos um podem conhecimento em características que os incorporem as pessoas uma possível aplicação da mentira, eliminando o mito de que autistas não mentem ou não podem ser malvados. Observamos novamente a necessidade de troca,  se colocando no lugar do Autistas para estender sua interação e intenção para com meio social. Dentro dessas avaliações podemos observar que Autistas são propensos a apresentarem variações dentro dos transtornos de humor e personalidade onde observamos desde um TOD "Transtorno Opositor Desafiador" até um TPN "Transtorno de personalidade narcisista" todos os extremos precisam de apoio, além da possibilidade de aplicação dos reforços, onde um autistas poderá entender de maneira clara o significado e impacto de suas ações. 


Dentro da teoria da mente temos um importante ponto de abordagem, com o compartilhamento de histórias sociais, esse processo tem ótimos resultados positivos em indivíduos com autismo ao 'ler' e compreender as situações sociais. Histórias sociais são usadas para explicar comportamentos sociais apropriados. Foi desenvolvido por Carol Gray e busca incluir respostas a perguntas que pessoas autistas podem precisar saber para interagir apropriadamente com outras pessoas (por exemplo, respostas para quem, o quê, quando, onde e por que em situações sociais). O uso de histórias sociais podem motivar as crianças a questionar por que outras pessoas veem o mundo de maneiras diferentes. Esse ponto de reflexão leva os autistas a respeitar as individualidades do seu próprio meio além de melhorar a interação social neurotípica.


Vale lembrar que estudos recentes apontam que a teoria da mente poderá gerar uma gigante alternância em avaliações onde não são efetuados testes complementares para uma avaliação profunda da perspectiva de interação visual e motora em Autistas. Diferente do ocorrido em outros transtornos avaliativos. 


Se o profissional que aplica a teoria da mente não aproveitar as pistas e testes avaliativos em conjunto com uma devida Anamnese autistas podem gerar resultados falsos positivos para variação de humor ou entendimento aplicados, sendo assim, muitas pesquisas sugerem que diferentes aspectos da linguagem são importantes para o desenvolvimento da teoria da mente. Isso inclui a comunicação em contextos sociais, como entre mãe e filho ou em interações entre outras pessoas, conhecimento de palavras e conceitos referentes a estados mentais, lógicos e gramaticais, especialmente estruturas  avaliativas usadas para expressar reações emotivas.


Com essa breve abordagem convido vocês a iniciarem uma reflexão sobre a importância e o impacto da psicoterapia dentro de um acompanhamento profissional, abordando características únicas das pessoas, melhorando gradualmente seu convívio social abordando em conjunto com o devido respaldo uma interação pelo TOM "Teoria da Mente" no meio Autístico.


Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier nas Redes sociais. 


Referências:


Baron-Cohen S. et al. Cognition 21 , 37-46 (1985) PubMed


Tager-Flusberg H. Child Dev. 63 , 161-172 (1992) PubMed


Moran J. et al. Proc. Natl. Acad. Sci. USA 108 , 2688-2692 (2011) PubMed


Senju A. et al. Science 325 , 883-885 (2009) PubMed


Saxe R. e N. Kanwisher Neuroimage 19 , 1835-1842 (2003) PubMed


Kana RK et al. Soc. Neurosci. 4 , 135-152 (2009) PubMed

Astington J. e J. Baird (Eds.) Por que a linguagem é importante para a teoria da mente. Oxford: Oxford University Press (2005)





sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Entenda o enquadramento de Deficiência para transtornos de personalidade, psicossocial e neurológico.



 Entenda o enquadramento de Deficiência para transtornos de personalidade, psicossocial e neurológico.


Conforme a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU), em 2006, ampliou a caracterização de deficiência ao considerá-la, a partir dos impedimentos de longo prazo que em interação com uma ou mais barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Essa nova perspectiva sobre a caracterização de deficiência, deu voz a pessoas que, apesar de enfrentarem inúmeras limitações e dificuldades em seu dia a dia, nunca tinham sido contempladas por políticas de proteção e defesa de direitos.


Outra inovação da Convenção foi incluir o conceito de deficiência psicossocial: Destacamos as pessoas com transtornos mentais crônicos como as pessoas com transtorno bipolar, esquizofrenia, ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, depressão grave e epilepsia.


Podemos observar que dentro desses fatores o Autismo entra em conjunto com uma abordagem ampla do Transtorno Do Espectro Autista,  um transtorno global do neurodesenvolvimento em ligação aos transtornos neurológicos para uma característica psicossocial. 


O ideal, seria que uma sociedade justa e igualitária não precisasse de leis para inclusão, mas para além do campo subjetivo e da utopia, a realidade é de um contexto desigual para muitas pessoas que não podem mais esperar para “fazer parte da sociedade”. Quanto mais avançarmos na disseminação da cultura da diversidade e inclusão em todas as áreas e segmentos da sociedade, mais perto ficaremos de uma sociedade com acessibilidade para todos, conforme a proposta da ONU lançada em 2015 ao criar o do símbolo “A Acessibilidade”.


Mas afinal, o que é deficiência psicossocial?


A Lei Brasileira de Inclusão (LBI 13.146/15) estabelece a caracterização de deficiência a partir da constatação de impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.


Antes da promulgação da LBI, a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU, 2007) já reconhecia a deficiência como o resultado entre a interação da pessoa com o ambiente e as barreiras que este oferece. Essa mudança de conceituação mostrou conformidade também com o modelo multidimensional de classificação de funcionalidade, ao tirar o foco do indivíduo e sua patologia, e passar a considerar que as condições sociais e econômicas impactam diretamente na condição de saúde de uma pessoa.


Em países de todos os níveis de rendimento, a saúde e a doença seguem uma gradação social: quanto mais baixa a posição socioeconômica, pior o estado de saúde (OMS, 2010, s/p – sumário executivo).


Entende-se por longo prazo, a duração acima de dois anos da repercussão de uma condição de saúde que provoca alterações significativas na estrutura do corpo e funcionalidade, com redução ou falta de capacidade de realizar uma atividade em padrão normal. Portanto, os impedimentos de longo prazo decorrem do impacto no desempenho de atividades e da participação da pessoa com deficiência em diferentes situações cotidianas.


A esquizofrenia, por exemplo, só pode ser diagnosticada por um médico psiquiatra, que avaliará a presença de sintomas há pelo menos seis meses consecutivos, que consequentemente, apresentam redução do nível de funcionamento em uma ou mais áreas importantes da vida, como trabalho, escola, relações interpessoais, autocuidado; acompanhadas de um ou mais sintomas chamados de “positivos” como: delírios, alucinações, sensação de perseguição, comportamento bizarro, entre outros.


Uma vez estabelecido o diagnóstico, é necessário acompanhamento multiprofissional (terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social, enfermeiro, acompanhante terapeuta, psiquiatra) e a tomada de antipsicóticos regularmente, para diminuir os sintomas e promover a autonomia e reabilitação da pessoa. Apesar da possibilidade de estabilidade do quadro e até remissão desses sintomas em alguns casos, a esquizofrenia é considerada deficiência porque não há cura, mas sim tratamento por tempo indeterminado, que deixam sequelas nas funções mentais limitando algumas capacidades funcionais da pessoa.


O conceito de deficiência mental é dado a partir da manifestação anterior aos dezoito anos de idade, de um funcionamento intelectual significativamente inferior à média associada a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas tais como comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização de recursos da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho. (Decreto 5.296/04).


O conceito de deficiência psicossocial é dado a partir da constatação de significativa sequela decorrente um diagnóstico psiquiátrico. Romeu Sassaki, foi um dos primeiros no Brasil a escrever sobre o tema, considerando tal tipo de deficiência como uma deficiência “por saúde mental” ou psiquiátrica (2010).


Assim, nem toda pessoa com transtorno mental pode ser considerada com eficiência psicossocial, mas toda pessoa que, em decorrência de um transtorno mental, apresentar impacto significativo e prolongado, de diminuição, déficit ou limitações em sua funcionalidade humana, pode ser considerada com deficiência psicossocial.


Isso só é comum, em caso de transtornos mentais graves e crônicos. Razão pela qual, casos leves e transitórios de transtornos mentais, onde não há necessidade de contínuo tratamento psiquiátrico e multiprofissional, não são considerados deficiência psicossocial.


Em transtornos mentais crônicos como esquizofrenia, transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo, dependência química por uso de substâncias psicoativas, ansiedade generalizada e depressão grave, o impacto na funcionalidade atinge principalmente as funções mentais e psicomotoras. Entre as limitações decorrentes destes transtornos, são comuns as dificuldades associadas à capacidade de concentração, atenção, comunicação, contato interpessoal, memória, aprendizagem e autocuidado.


Seja por desconhecimento, medo ou preconceito não declarado explicitamente, ainda poucas pessoas ou empresas se sentem à vontade em deliberadamente contratar pessoas com deficiência psicossocial – independentemente de ser ou não pela Lei de Cotas.


Em 2012, o Ministério do Trabalho instituiu através da Instrução Normativa número 98, que a avaliação biopsicossocial poder ser feita por qualquer profissional com ensino superior e qualificação na área da saúde, e que, portanto, fica responsável pela emissão do laudo caracterizador de deficiência que enquadrará a pessoa à Lei de Cotas.


Portanto, para enquadrar o transtorno mental (de qualquer tipo) na Lei de Cotas, seja como deficiência mental ou psicossocial, é importante existir as seguintes informações nos laudos apresentados pela pessoa com deficiência à empresa:


CID-10 (Feito por Médico Psiquiatra, Neurologista ou Neuropediatra) em breve CID-11


Avaliação biopsicossocial (feito por um ou mais profissionais com ensino superior, exceto médico), contendo:Fatores socioambientais e psicológicos, impedimentos ou limitações das funções e estruturas do corpo, limitações ao desempenho de atividades ou restrição de participação;


Com exceção do diagnóstico (CID-10), todas as demais informações podem ser descritas por outro profissional e ainda, serem classificadas universalmente pela CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade).


Reference:


ONU - https://nacoesunidas.org/acao/pessoas-com-deficiencia/


Scielo - https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000200014


Jama Inspp .com


Spectrum Liger.


Cathoinp


sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Um assunto que devemos sempre observar são as ligações da Amígdala e seu papel fundamental no processo do Neurodesenvolvimento.



 Um assunto que devemos sempre observar são as ligações da Amígdala e seu papel fundamental no processo do Neurodesenvolvimento. 


Como observamos quase todos os genes com ligações moderadas a fortes ao autismo são expressos na amígdala em desenvolvimento, de acordo com um novo estudo efetuado em pessoas autistas, alguns desses genes mostram imensas alterações na amígdala, uma região do cérebro importante para a função social e emocional.


Estudos anteriores mostraram que os genes ligados ao autismo são tipicamente mais ativos durante o desenvolvimento fetal no córtex cerebral, a camada externa do cérebro. Eles também mostraram que pessoas com autismo têm alterações na estrutura e função da amígdala e que a região está implicada nos principais traços de autismo, incluindo dificuldades no processamento de expressões faciais, alterações de humor e transtornos de personalidade.


O novo trabalho, no entanto, é o primeiro a se concentrar exclusivamente em como os genes ligados ao autismo são apresentados na amígdala humana por um longo período.


"A amígdala não foi aprofundada de forma alguma com o nível que alcançamos", diz Joshua Corbin, que liderou o estudo e é o principal investigador do Centro de Pesquisa em Neurociências do Children's National Hospital, em Washington, DC. 


A maioria dos genes ligados ao autismo que a equipe considerou é extremamente ativa nos neurônios excitatórios da amígdala, mostra o estudo. Esses neurônios aumentam a comunicação entre as células do cérebro e se conectam a outras regiões do cérebro envolvidas no autismo, incluindo o córtex pré-frontal. As descobertas nos ajudam a entender melhor como os genes ligados ao autismo contribuem para alterações na amígdala e nas características do autismo. O trabalho foi publicado em maio no Molecular Autism.


"Compreender onde esses genes são expressos no cérebro, em que estágio e que tipo de célula, acho que são questões importantes", diz Deyou Zheng , professor de bioinformática da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, que não estava envolvido no estudo.



A equipe primeiro compilou uma lista de 323 genes com ligações moderadas a fortes ao autismo, baseando-se em um banco de dados com curadoria e em um estudo de sequenciamento em janeiro de 2020.


Procurando por esses genes no BrainSpan, um repositório on-line de dados de expressão gênica de tecido cerebral humano, os pesquisadores descobriram que 271 são ativos na amígdala nos estágios de desenvolvimento fetal e pós-natal inicial. Uma análise preliminar mostrou que 10 também são expressas em outras regiões do cérebro, incluindo o córtex, hipocampo e cerebelo.


Essa descoberta "está alinhada com o pensamento de que a maioria dos genes do autismo não afeta apenas um tipo de célula ou uma região do cérebro", diz Zheng.


A equipe de Corbin também pesquisou os 271 genes no Allen Developing Mouse Brain Atlas , que contém dados de alta resolução sobre a expressão genética em camundongos. Eles descobriram que 80 deles, incluindo PTEN , ADNP e FOXP1 , são expressos em tecido embrionário que dá origem a partes da amígdala, especialmente o núcleo basolateral, conhecido por regular a reatividade emocional.


Finalmente, os pesquisadores analisaram novamente os dados de um estudo de 2019 de outro grupo para avaliar os níveis de expressão dos genes no tecido da amígdala de cinco autistas e cinco pessoas típicas com idades entre 4 e 20 anos 3 . Células do cérebro de pessoas autistas tinham níveis alterados de 7 dos 271 genes, a maioria dos quais funciona em neurônios excitatórios.


Essa descoberta apóia a teoria de que os traços de autismo surgem de um desequilíbrio de sinalização entre os neurônios, mas está em desacordo com um estudo anterior que mostrou que os genes do autismo tendem a ser super-representados em neurônios inibitórios no cérebro.


Com essa observação podemos notar que Autistas têm fortes prevalência no seu contexto de comunicação neural, fator esse que gera efeito da sinapse o sinal produzido na membrana pós-sináptica gerando despolarização, iniciando o potencial de ação, pela sinapse excitatória, fator esse que reforça o sistema de luta ou fuga presente no Autismo além de incorporar outras observações que geram uma diferença estrutural no desenvolvimento neural.


Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram.


Referência;


Herrero M.J. et al. Mol. Autism 11, 39 (2020) PubMed

Chang J. et al. Nat. Neurosci. 18, 191-198 (2015) PubMed

Sorrells S.F. et al. Nat. Commun. 10, 2748 (2019) PubMed

Wang P. et al. Transl. Psychiatry 8, 13 (2018) PubMed



segunda-feira, 27 de julho de 2020

Avaliação de Dupla Excepcionalidade com novo padrão WISC-5 e Raven para auxiliar crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais.



Avaliação de Dupla Excepcionalidade com novo padrão WISC-5 e Raven para auxiliar crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais.

Profissionais do âmbito de Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Psicologia e Neurologia abriram características para novas abordagens do teste de QI, mais curto para crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais.

Por décadas, os neuropsicólogos usaram o teste Wechsler Intelligence Scale for Children como o teste do quociente de inteligência padrão-ouro (QI) para determinar as habilidades intelectuais de crianças com necessidades especiais. No entanto, esse testes podem levar até 4, 6 até 8 horas para serem concluídos, entre várias seções, e muitas crianças,  adolescentes e adultos com necessidades especiais têm dificuldade em participar de testes tão longos.

Para resolver esse problema, os pesquisadores do Centro Thompson para Distúrbios do Autismo e do Desenvolvimento Neurológico da Universidade do Missouri identificaram medidas no teste que pareciam ser repetitivas e conseguiram encurtar o teste em até 20 minutos, mantendo a precisão na determinação do QI de uma criança.

"Como neuropsicólogos, passamos uma quantidade considerável de tempo, geralmente um dia inteiro ou uma tarde inteira com pacientes para realmente conhecê-los, e isso pode ser muito para uma criança com um distúrbio neurológico como autismo ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ", disse John Lace, um estudante de doutorado que está concluindo um estágio em neuropsicologia clínica na MU School of Health Profissões. 

"Se conseguirmos maximizar com eficiência as informações que obtemos de nossos pacientes durante este teste sem sobrecarregá-los, podemos economizar tempo e dinheiro para clínicos e pacientes, o que reduz a carga geral de cuidados de saúde em famílias com deficiências no desenvolvimento neurológico".

Esse novo padrão consiste também na aplicação do teste complementar conhecido como Raven para auxiliar na junção de potencialidades dentro do novo quesito de avaliação, com faixas para apoiar todas as faixas do desenvolvimento neural.

Os neuropsicólogos usam o teste Wechsler Intelligence Scale for Children com Raven para auxiliar não apenas no diagnóstico de indivíduos com distúrbios do desenvolvimento neurológico, mas também para ajudar a informar decisões sobre tratamentos e planos educacionais.

"Nosso objetivo geral é ajudar as pessoas a entender quaisquer diferenças cognitivas ou de aprendizado que possam ter, o que pode levar a opções de tratamento, como terapia comportamental ou intervenções na escola", disse Lace. "Como neuropsicólogos, nossa profissão está no ponto crucial de enfrentar esses desafios, tanto academicamente quanto na prática, para ajudar os médicos a otimizar o que fazem e impactar positivamente o atendimento ao paciente".


Referência:

John W. Lace, Zachary C. Merz, Erin E. Kennedy, Dylan J. Seitz, Tara A. Austin, Bradley J. Ferguson, Michael D. Mohrland. Exame de estimativas de QI de forma curta de cinco e quatro subtestes para a Wechsler Intelligence Scale for Children-Fifth edition (WISC-V) em uma amostra clínica mista . Neuropsicologia Aplicada: Criança , 2020; 1 DOI: 10.1080 / 21622965.2020.1747021

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Novos comportamentos sociais de autistas são associados por ações sensoriais fora do nosso cérebro.

Novos comportamentos sociais de autistas são associados por ações sensoriais fora do nosso cérebro.

Modelo de estudo abordado em moscas apontam uma possível modelagem de terapia para nossa melhora significativa no modelo de socialização, parece ficção científica porém é ciência.

Conforme novo estudo, realizado pela universidade da Pensilvânia, fornece fortes evidências que tais distúrbios sociais não estariam apenas ligado aos neurônios cerebrais.

Um novo estudo da Penn Medicine fornece mais evidências de que os comportamentos sociais ligados aos distúrbios do espectro do autismo (TEA) emergem da função anormal dos neurônios sensoriais fora do cérebro. "É uma descoberta importante, publicada na revista Cell Reports , porque os sistemas sensoriais periféricos aqueles que determinam como percebemos o ambiente ao nosso redor proporcionam alvos terapêuticos mais acessíveis para o tratamento de sintomas relacionados ao TEA, em vez do próprio cérebro central."

Ao realizar testes direcionado os pesquisadores mostraram que a perda de uma proteína conhecida como neurofibromina 1 fazia com que as moscas adultas tivessem prejuízos sociais. Esses déficits, os pesquisadores também mostraram, remontam a uma perturbação primária em um pequeno grupo de neurônios periféricos que controlam estímulos externos, como cheiro e toque, que se comunicam com o cérebro.

"Esses dados levantam a possibilidade empolgante de que a raiz do problema não comece com erros no próprio cérebro. É o fluxo interrompido de informações da periferia para o cérebro que deveríamos examinar com mais atenção", disse o autor sênior Matthew Kayser, MD, PhD, professor assistente no departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia. "As descobertas devem ajudar a guiar o campo em direção aos alvos terapêuticos do processamento sensorial que, se eficazes, podem ser transformadores para pacientes que sofrem desses distúrbios".

Em humanos, a perda de neurofibromina 1 está associada à neurofibromatose tipo 1 (NF1), um distúrbio do neurodesenvolvimento com altas taxas no Autismo, mas não se sabe como essa perda leva a déficits sociais. Estudos anteriores também mostraram uma ligação entre o sistema sensorial periférico e déficits sociais; no entanto, este é o primeiro estudo a implicar a função da neurofibromina.

Até 50% das crianças com NF1 fazem parte do espectro do autismo e são 13 vezes mais propensas a exibir sintomas de ASD altamente elevados, incluindo deficiências sociais e de comunicação, maior isolamento e intimidação, dificuldades em tarefas sociais e sensibilidades ao som ou à luz. Todos esses sintomas estão associados a dificuldades no processamento de informações sensoriais.

Para entender esses neurônios externos precisamos fazer o processo inverso do meu artigo onde eu explico o sistema nervoso central, essa desordem funciona no ato de retorno de uma desordem maior pelo sistema muscular no Autismo. Podemos também interligar as ações sensoriais prejudicadas no Autismo que se espalham por todo o corpo onde o sistema nervoso tem sua representação com neurônios fora do cérebro porém com contato contínuo com sistema neural.

Voltando a pesquisa e comparação feita pela equipe, liderada da cientista pós-doutorada, Penn Emilia Moscato, PhD, usou moscas geneticamente manipuladas para mostrar que a perda de neurofibromina levou a um comportamento social reduzido e a erros nos neurônios sensoriais gustativos chamados ppk23, que são conhecidos por coordenar tais comportamentos. Esses déficits comportamentais decorrem de um papel contínuo da neurofibromina na coordenação das funções sociais em adultos, em vez de orientar o desenvolvimento de circuitos neurais comportamentais sociais.

Mais especificamente, o monitoramento direcionado da atividade neural nas moscas mutantes mostrou diminuição da ativação dos neurônios sensoriais em resposta a sinais hormonais específicos, que então interromperam o funcionamento adequado dos neurônios cerebrais (Minha análise do SNC, SM etc…) que direcionam as decisões sociais. A interrupção também levou a mudanças persistentes no comportamento das moscas além da própria interação social, sugerindo que um breve erro sensorial pode ter conseqüências duradouras no comportamento.

Dentro dessa observação o estudo mostra que o sistema neural do Autista, mantendo o padrão do seu neurodesenvolvimento não se faz possível corrigir o processo de estruturação neural, porém podemos minimizar ações futuras que não foram gravadas por retornos neurais a ações novas, possibilitando uma melhor comunicação.

Os pesquisadores pretendem também entender melhor como essa mutação se traduz em interrupções na atividade cerebral e, finalmente, nos comportamentos associados ao ASD e NF1. Eles também esperam testar diferentes drogas em modelos animais para identificar novos compostos que possam restaurar comportamentos sociais com melhores respostas a estados emotivos extremos, evitando possíveis crises ao ajustar um retorno mais plausível de um Autista.

"O processamento sensorial é um ponto de entrada facilmente testável para a disfunção social comportamental", disse Kayser, "de modo que os resultados desses experimentos têm potencial para impactar rapidamente o cenário clínico".

Vale reforçar que esses estudos não idealizam a cura do autismo, pelo contrário, buscam melhoras significativas na interação e respostas sociais tidas como inaptas para exercícios básicos de interação, como por exemplo, atividades rotineiras em autistas severos e moderados ou com recuou social evidente para uma possível interação e vasta presença de agressividade e rigidez.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier no Instagram 

Referência:

Emilia H. Moscato, Christine Dubowy, James A. Walker e Matthew S. Kayser. Déficits comportamentais sociais com perda de neurofibromina emergem da disfunção neuronal quimiossensorial periférica . Cell Reports , 2020; 32 (1): 107856 DOI: 10.1016 / j.celrep.2020.107856

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Estudos apontam que o Autista recebe o diagnóstico porém não tem continuidade no tratamento e terapias adicionais o que afeta diretamente seu desenvolvimento e controle de outros fatores como as Comorbidades.


Estudos apontam que o Autista recebe o diagnóstico porém não tem continuidade no tratamento e terapias adicionais o que afeta diretamente seu desenvolvimento e controle de outros fatores como as Comorbidades.

Estudos apontam que a maioria dos indivíduos com autismo após a abordagem e o diagnóstico do autismo não recebe as recomendações corretas para o devido acompanhamento, e tratamento Multidisciplinar, esse novo estudo foi feito.com mais de 4.500 crianças.

A Academia Americana de Pediatria recomenda que os médicos examinem todas as crianças quanto ao autismo a partir dos 18 meses de idade ou se possível uma pré avaliação antecipe sinais primários e encaminhe crianças com resultados positivos a um novo grupo especialista em autismo para avaliação adicional, além de exames e profissionais adicionais para testes auditivo e a serviços de intervenção precoce como terapia ABA e suas ramificações.

O estudo apontou que esses encaminhamentos adequados ocorrem apenas em 4% das crianças avaliadas pelas ferramentas populares de triagem para o autismo durante visitas médicas de rotina, reafirma o estudo.

Outro ponto super importante que uma cálculo de comparação demonstra que esse número no Brasil é muito mais acentuado por falta de preparo pelo sistema único de saúde o SUS onde apenas 0,4% das crianças conseguem seguir com o tratamento, intervenções e avaliações adicionais.

"O que este estudo mostra é que as pessoas não estão seguindo [diretrizes para a triagem do autismo], pelo menos no que diz respeito ao encaminhamento", diz Katharine Zuckerman, professora associada de pediatria na Oregon Health and Science University, em Portland,  "Não importa se você examina todo mundo se não encaminhar essas crianças, adolescentes e adulto dentro de um processo correto avaliativo e investigativo"

Os médicos parecem indicar apenas algumas crianças para os acompanhamentos Multidisciplinares, dependendo do sexo, raça e outras características da criança, diz a co-pesquisadora Kate Wallis , pediatra comportamental do Hospital Infantil da Filadélfia, na Pensilvânia. Por exemplo, sua equipe descobriu que é menos provável que os médicos encaminhem meninas do que meninos para intervenção precoce, o que reforça meu posicionamento sobre a necessidade de falarmos mais sobre o Autismo Feminino, Diagnóstico tardio e seu impacto social.

"Temos que encontrar maneiras de melhorar as taxas de referência para que todas as crianças possam ser avaliadas e iniciar os serviços de terapias", diz Wallis.

Considerações clínicas:

Wallis e seus colegas analisaram registros eletrônicos do sistema de saúde e várias visitas de rotina a 31 clínicas de cuidados primários na Pensilvânia e Nova Jersey de 2013 a 2016. Os médicos dessas clínicas examinam todas as crianças em busca de autismo aos 16 a 30 meses de idade, usando um questionário padronizado para os pais. chamada Lista de Verificação Modificada para Autismo em Crianças (M-CHAT).

Os pesquisadores descobriram 4.442 crianças cujas pontuações no M-CHAT justificaram uma entrevista de acompanhamento com os pais. Mas essa entrevista ocorreu em menos da metade deles, ou seja algo em torno de 1.660 crianças. Os médicos não fizeram uma entrevista para 63% das crianças, incluindo 473 que tiveram uma pontuação tão alta que nenhuma entrevista foi necessária para confirmar os resultados.

Das crianças cujos pais tiveram entrevistas de acompanhamento, os médicos determinaram que 1.560, ou 94%, haviam sido negativos. Isso pode indicar que os médicos fazem acompanhamento principalmente quando suspeitam de falsos positivos. Os falsos positivos são um problema conhecido do M-CHAT , e a entrevista de acompanhamento foi projetada para eliminar tais dúvidas, por outro lado a disparidade fica evidente quando os profissionais passam a utilizar outros balizadores incluindo a anamnese correta.

As famílias com um plano completo de saúde "Seguro, algo próximo ao nosso plano de saúde aqui no Brasil" estavam entre as com maior probabilidade de receber uma entrevista correta e de ter acompanhamento e tratamentos adequados. É mais provável que os médicos encaminhem crianças para uma entrevista de acompanhamento quando sabem que o seguro de uma família cobrirá as terapias (Algo bem similar ao Brasil quando comparamos o plano de saúde e o SUS) Os resultados foram publicados em maio no PLOS One .

Os resultados destacam a necessidade de entender o que impulsiona a tomada de decisões após uma avaliação do autismo com quadro positivo, diz Wallis. "Alguns pediatras podem não confiar nos resultados das abordagens, podem ter outras prioridades de saúde a serem avaliadas dentro de uma Comorbidade durante a visita ou podem não querer preocupar os pais se não tiverem certeza se uma criança tem autismo".

Esse estudo apenas reforça a minha visão crítica e analítica onde o sistema de saúde ou amparo social deverá ser reestruturado em toda sua cadeia para que possamos não apenas avaliar o autismo mas criarmos um centro de referência para o diagnóstico, tratamento e terapias, incorporando todo o processo de melhora na qualidade de vida do Autista.


REFERÊNCIAS:

Wallis KE et al. PLOS One 15 , e0232335 (2020) PubMed
Johnson CP et al Pediatrics 120 , 1183-1215 (2007) PubMed