quarta-feira, 22 de janeiro de 2020



A neurociência da vingança

A neurociência da vingança diz que há pessoas que, longe de virar a página depois de uma decepção, uma rejeição ou o que elas interpretaram como uma injustiça, alimentam esse ódio chegando até mesmo a planejar uma forma de devolver o desgosto.

Assim, longe de controlar a raiva, de racionalizar o sentimento ou fazer um uso adequado de qualquer mecanismo de regulação, permitem que esse mal-estar se torne crônico.

Falar de vingança, como bem sabemos, muitas vezes pode ser complicado. Isso porque é difícil não entrar em aspectos éticos, morais e até mesmo legais. Há atos que evidentemente necessitam de um tipo de resposta, mas nesses casos quem deve aplicar a justiça são os tribunais, e nunca a violência pessoal.

Não obstante, nesse artigo o que nos interessa é aprofundar o aspecto neurológico e psicológico da neurociência da vingança.

Vejamos um exemplo. Quem gosta de seguir a literatura criminal com certeza se lembrará do nome de Ted Bundy. Ele foi um dos piores assassinos em série da história e, até os dias de hoje, não se sabe com exatidão o número de vítimas das quais ele tirou a vida.

Após uma série de entrevistas, testes psicológicos e neurológicos, descobriu-se algo mais que uma personalidade marcada pela psicopatia: Bundy matou um grande número de jovens por causa de um desejo por vingança mantido durante anos.

A origem disso – e portanto fato que desencadeou suas ações – foi o abandono sofrido no contexto de um relacionamento amoroso. Aquela rejeição alimentou uma raiva de forma descabida, e até mesmo quase selvagem, nele. Sua raiva fez com que ele buscasse vítimas com as mesmas características físicas que a mulher que o havia abandonado.

A vingança, como vemos a partir desse exemplo, pode agir em certas pessoas na forma de um mecanismo claramente agressivo e brutal. Hoje em dia os neurocientistas já descobriram os mecanismos e as áreas do cérebro que regulam esse tipo de impulso.

É um tema tão interessante quanto revelador. Vejamos mais dados sobre ele a seguir.

 “Adeus bondade, humanidade e gratidão… Adeus, todos os sentimentos que enobrecem a alma. Eu quis ocupar o lugar da providência para recompensar os bons… Agora me dê o seu deus da vingança para castigar os perversos”.

– O Conde de Montecristo, Alejando Dumas –

A neurociência da vingança
Se nos machucam… Não devemos nos vingar? Já dizia Shakespeare em uma de suas obras. Todos, em algum momento da vida, já experimentaram essa mesma sensação.

Após sofrer uma afronta ou ser vítima de uma ação ruim por parte de alguém, é quase inevitável não desejar devolver o mesmo dano sofrido para a outra pessoa. Sentir-se assim e inclusive experimentar esse desejo é um fato neurológico e emocionalmente normal.

Não obstante, a maioria de nós racionaliza a situação e, após um período de reflexão e gestão emocional, acabamos nos contentando em virar a página. Esse último processo, aquele que regula e apaga o desejo de vingança, é mediado pelo nosso córtex cerebral.

É nesse momento, mais especificamente na área dorsolateral pré-frontal, que estão localizados as áreas responsáveis pelo processamento do nosso autocontrole.

Agora… O que acontece com as pessoas que têm a personalidade marcada por um traço vingativo?

A ferida da vingança e da injustiça
A Universidade de Genebra realizou uma pesquisa interessante no começo de 2018. A neurociência da vingança conta agora com provas muito sólidas que demonstram diversos aspectos, alguns muito impressionantes.

Normalmente, quando falamos desse tipo de comportamento, é comum nos referirmos a processos como a ira e a raiva. No entanto, o que provoca a aparição desse tipo de emoção? O que desencadeia os atos de vingança, na maioria das vezes, parece ser o sentimento de rejeição.
A rejeição é a sensação angustiante na qual uma pessoa se sente separada de algo que, até pouco tempo atrás, era muito significativo. Pode ser um relacionamento amoroso, um trabalho, sentir-se excluído do grupo familiar ou de um grupo de amigos, qualquer coisa que seja entendida como uma injustiça. É possível inclusive sentir que a própria sociedade está sendo responsável pela rejeição.

Onde se localiza o impulso da vingança?

A doutora Olga Klimecki-Lenz, pesquisadora do Centro Suíço para a Ciência Afetiva (CISA) localizou a área onde se concentram, por assim dizer, nossos impulsos vingativos.

A estrutura que ativa a sensação de raiva é uma velha conhecida: a amígdala.
Graças a uma série de testes com ressonância magnética, foi possível ver a nível experimental como essa pequena estrutura cerebral se ativa quando experimentamos uma afronta, uma mentira, a dor da rejeição ou um desprezo.

Cabe dizer que, nesse tipo de situação, o que sentimentos em primeiro lugar é medo.
A sensação de confiança e segurança que tínhamos até então sobre algo ou alguém se quebra e, no mesmo instante, surgem o temor e a angústia. Depois disso, aparece a raiva e o impulso de executar algum tipo de castigo.

Esse castigo estabelece um sistema de recompensa. Ou seja, a pessoa pode sentir prazer ao se vingar e aplicar sobre o outro a mesma afronta sofrida por ela própria.

Por outro lado, junto à ativação da amígdala ocorre também a ativação do lobo temporal superior. Essas duas áreas intensificam essa necessidade de dar forma a um ato vingativo. Não obstante, o mais interessante ainda está por vir e acontece depois.

Quando essas duas estruturas se ativam, surge logo a seguir uma intensa atividade no córtex dorsolateral pré-frontal. O motivo disso? Aplacar a intensidade da emoção sentida e favorecer o autocontrole.

Esse último dado abre a interessante possibilidade de reduzir os atos violentos e vingativos mediante estimulação magnética. Não obstante, os comportamentos agressivos, como os que caracterizavam o assassino em série Ted Bundy, dependem de muitos fatores que nem sempre são explicados por fatores neurobiológicos.

O fascínio pela psicologia e pela neurociência da vingança
A partir de um ponto de vista cultural e inclusive psicológico, a vingança é um processo muito interessante.

É por isso que temos obras magistrais e já consagradas como O Conde de Montecristo, na qual Alejandro Dumas nos mostra que a vingança é um prato que se come frio e pode demorar anos para ser planejada e executada.

No entanto, não podemos deixar de lado um outro aspecto essencial. As pessoas que realizam esse tipo de comportamento de forma regular evidenciam um fato que cientistas como Kevin M. Carlsmith, Timothy D. Wilson e Daniel T. Gilbert já demonstraram: falta de empatia.

Além disso, se nos perguntarmos por que há perfis caracterizados por essa necessidade quase constante de fazer os outros pagarem por aquilo que é considerado uma injustiça, a psicologia diz que há quase sempre um mesmo padrão: são pessoas narcisistas, inseguras, com baixa regulação emocional, nenhuma capacidade para perdoar e ausência de empatia.

Para concluir, vale a pena refletir um momento sobre uma ideia muito simples. Todos já sentimos o desejo da vingança em algum momento. No entanto, a decisão de ter calma e ser prudente é o que nos faz humanos, o que nos torna nobres.

 “As pessoas fracas se vingam. Os fortes perdoam. As pessoas inteligentes ignoram”.
– Albert Einstein –

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020




A origem do aprendizado emocional

A vida em família é onde iniciamos a aprendizagem emocional; nesse caldeirão íntimo aprendemos como nos sentir em relação a nós mesmos e como os outros vão reagir a nossos sentimentos; aprendemos como avaliar nossos sentimentos e como reagir a eles; aprendemos como interpretar e manifestar nossas expectativas e temores.

Aprendemos tudo isso não somente através do que nossos pais fazem e do que dizem, mas também através do modelo que oferecem quando lidam, individualmente, com os seus próprios sentimentos e com aqueles sentimentos que se passam na vida conjugal. Alguns pais são professores emocionais talentosos, outros, são atrozes.

Há centenas de estudos que demonstram que a forma como os pais tratam os filhos — se com rígida disciplina ou empática compreensão, indiferença ou simpatia etc. — tem conseqüências profundas e duradouras para a vida afetiva da criança.

A maneira como um casal lida com os seus sentimentos — além do trato direto com a criança — passa poderosas lições para seus filhos, que são aprendizes astutos, sintonizados com os mais sutis intercâmbios emocionais na família.

▪️ Os pais não podem dar o que não possuem

Para serem treinadores tão eficientes, os próprios pais devem ter uma compreensão profunda acerca dos rudimentos da inteligência emocional.

Uma das coisas que uma criança deve saber, e que faz parte de sua aprendizagem emocional, é, por exemplo, distinguir sentimentos; se, por exemplo, um pai está fora de sintonia com seu próprio sentimento de tristeza, ele não será capaz de ajudar o filho a saber a diferença que há entre lamentar uma perda, sentir-se triste num filme triste e sentir tristeza porque alguma coisa ruim aconteceu com alguém que a criança gosta.

Além dessa distinção, há compreensões mais sofisticadas acerca de emoções, como, por exemplo, saber que a raiva vem do fato de nos sentirmos magoados.

▪️ Benefícios de pais emocionalmente inteligentes

O impacto causado por uma paternidade exercida nesses termos é muito significativo.

Quando os pais são emocionalmente aptos, comparados com os que não lidam bem com os sentimentos, os filhos — por conseqüência — têm, em relação a eles, um bom relacionamento, afeição e menos tensão.

Mas, além disso, essas crianças também são hábeis no lidar com as próprias emoções, mais eficazes na procura de alívio para suas perturbações, e se perturbam com menos freqüência.

São também mais relaxadas biologicamente, com baixos níveis de hormônios de estresse e outros indicadores fisiológicos de estimulação emocional (um padrão que, se mantido pela vida afora, pode ser uma garantia de boa saúde física.

Ganham também no que diz respeito à sociabilidade: essas crianças são mais dadas e queridas por outras crianças, e os professores as consideram mais sociáveis. Pais e professores são unânimes em classificá-las entre as que menos apresentam problemas comportamentais do tipo rudeza ou agressividade.

Por fim, há benefícios de ordem cognitiva; essas crianças são mais atentas e, portanto, aprendem melhor. Para um nível de QI constante, as crianças de 5 anos que tiveram pais que foram bons treinadores tiravam melhores notas em matemática e leitura ao atingirem a terceira série (este é um forte argumento em defesa do ensino da inteligência emocional como pré-requisito para a aprendizagem acadêmica e para a vida em geral).

Jacson Marçal - @jacsonfier

📚 Daniel Goleman. Inteligência Emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Editora Objetiva. Capítulo 12: Ambiente Familiar, 2012.

sábado, 18 de janeiro de 2020







🧠 Transtornos de Humor

Os transtornos do humor também são conhecidos como transtornos afetivos. Afeto significa estado emocional que se expressa por meio de gestos e expressões faciais.

A tristeza e a alegria fazem parte das experiências normais do cotidiano e são diferentes da depressão e mania, que caracterizam os transtornos do humor. A tristeza é uma resposta natural à perda, derrota, desilusão, trauma ou catástrofe.

O luto ou o pesar são as reações normais mais comuns perante uma separação ou uma perda, como a morte de um ente querido, um divórcio ou uma desilusão amorosa. Normalmente, o luto e perda não causam depressão incapacitante persistente, exceto em pessoas predispostas a transtornos do humor.

Um transtorno do humor é diagnosticado quando a tristeza ou euforia é excessivamente intensa, é acompanhada por determinados sintomas típicos e compromete a capacidade funcional física e social e no trabalho.

Quando apenas a depressão ocorre, é chamado de transtorno unipolar. Outros transtornos do humor, denominados transtornos bipolares, envolvem episódios de depressão que se alternam com episódios de mania. A mania sem depressão (chamada mania unipolar) é muito rara.

Cerca de 30% das pessoas relatam depressão como um de seus sintomas quando consultam um médico. Porém, menos de 10% de fato apresentam depressão grave. Quase 4% da população dos Estados Unidos sofre de um transtorno bipolar.

Ter um transtorno do humor, especialmente um que envolve a depressão, aumenta o risco de apresentar outros problemas, como a incapacidade de realizar as atividades cotidianas e manter relacionamentos, perda do apetite, ansiedade extrema e alcoolismo. Aproximadamente 15% das pessoas com depressão não tratada terminam a sua vida ao cometerem suicídio.

De acordo com dados do IBGE levantados pela Pesquisa Nacional de Saúde, em 2013 cerca de 8% das pessoas de 18 anos ou mais de idade apresentavam depressão.

O que posso fazer?

Pesquisadores do Reino Unido, Austrália e Noruega concluíram que uma hora de exercício por semana é o mínimo necessário para evitar que você desenvolva depressão. O estudo analisou dados da população norueguesa de um amplo levantamento conduzido entre os anos de 1984 e 1997. O objetivo era avaliar a relação entre a atividade física e problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

Segundo o levantamento, 12% dos casos de melancolia profunda poderiam ser evitados se todas os voluntários suassem a camisa por ao menos uma hora na semana. E outra coisa bacana: pelo visto, mesmo intensidades leves já dão conta do recado.

Jacson Marçal - @jacsonfier

terça-feira, 7 de janeiro de 2020



៚ Principais Instrumentos & Diagnósticos Para Avaliar Crianças com Autismo – TEA ៚

Há muitos testes e escalas na internet, a grande maioria não tem validade científica ou padronização brasileira, sendo assim não são seguros e ou apresentam fidedignidade diagnóstica.

Foram criados ao longo dos anos vários instrumentos (escalas, inquéritos, inventários e testes) que procuram sistematizar a maneira de diagnosticar o transtorno do espectro autístico.

O SATEPSI foi desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) com o objetivo de avaliar a qualidade técnico-científica de instrumentos psicológicos para uso profissional, a partir da verificação objetiva de um conjunto de requisitos técnicos e divulgar informações sobre os testes psicológicos à comunidade e às(aos) psicólogas(os).

A Resolução CFP Nº 009/2018 estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional do psicólogo e regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI, bem como estabelece quais requisitos mínimos os instrumentos devem apresentar para serem reconhecidos como testes psicológicos.

No site do SATEPSI são apresentados, em duas abas, os instrumentos que podem ser usados pelas(os) psicólogas(os) na prática profissional (testes psicológicos favoráveis e instrumentos não privativos do psicólogo) e aqueles que não podem ser utilizados na prática profissional (testes psicológicos desfavoráveis e testes psicológicos não avaliados).

http://satepsi.cfp.org.br/

▶ Os instrumentos diagnósticos mais utilizados para avaliação do Transtorno do Espectro Autista são descritos a seguir:

✔ Modified Checklist for Autism in Toddlers – M-CHAT-R/F (Escala para Rastreamento de Autismo Revisada)


O uso da M-CHAT-R/F é obrigatória para crianças em consultas pediátricas de acompanhamento realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a  lei 13.438/17. Caso você suspeite de comportamentos do seu filho, peça ao pediatra para aplicar o teste e busque um especialista, se necessário.

A versão atualizada do protocolo (M-CHAT-R/F) conta uma segunda parte, a Entrevista de Seguimento, que ajuda afinar a avaliação.

As respostas aos itens da escala levam em conta observações dos pais com relação ao comportamento do filho. A soma total dos pontos vai indicar a presença de sinais do TEA, mas não necessariamente confirmam o diagnóstico preciso.

Em caso de pontuação elevada, é fundamental que a criança siga para uma avaliação com um médico especialista e uma equipe multidisciplinar.

A escala classifica as crianças avaliadas em três níveis:

❱ Baixo Risco | Pontuação de 0 a 2

Há pouca chance de desenvolvimento de TEA, e não é necessária nenhuma outra medida. No caso da criança ter menos de 24 meses, é preciso repetir a aplicação do teste.

❱ Risco Moderado | Pontuação de 3 a 7
Neste cenário, é importante que os pais participem da Entrevista de Seguimento (segunda etapa do M-CHAT-R/F), que vai reunir informações adicionais sobre indícios do distúrbio. Se nesta etapa, o resultado for igual ou maior que 2, é um caso positivo e a criança deve ser encaminhada para um especialista. Se a soma das respostas ficar entre 0 e 1, é um resultado negativo para TEA, mas a criança deve fazer o teste novamente nas próximas consultas de rotina.

Download da Escala M-CHAT-R/F

https://autismoerealidade.org.br/wp-content/uploads/2019/05/M-CHAT-R_F_Brazilian_Portugese.pdf

❱ Alto Risco | Pontuação de 8 a 20

Com este resultado, não é necessário fazer a Entrevista de Seguimento. Os pais devem marcar uma consulta com especialistas para a confirmação do diagnóstico e a avaliação do tratamento personalizado.

✔  Childhood Autism Rating Scale – CARS (Escala de avaliação para Autismo Infantil) – Schopler et al., 1980.

A CARS é baseada nas definições de autismo apresentadas por Rutter, Ritvo e Freeman.

Os aspectos comuns entre essas definições são: i) desenvolvimento social comprometido em relação às pessoas, objetos e acontecimentos; distúrbio da linguagem e habilidades cognitivas; início precoce do transtorno, antes dos 30 meses de idade.

A escala é um instrumento para observações comportamentais, sendo administrada na primeira sessão de diagnóstico. É composta por 15 itens, sendo que cada um deles é  pontuado num continuum, variando do normal para gravemente anormal, todos contribuindo igualmente para a pontuação total. De acordo com o manual da CARS, o autismo é caracterizado por um resultado ³ 30 pontos, em uma escala que varia de 15 a 60 pontos, sendo que o intervalo entre 30 e 36,5 é definido como característico de autismo moderado. O que se apresenta entre 37-60 pontos é definido como autismo grave.

Download da Escala CARS  padronização brasileira:

https://sites.google.com/site/marciocandiani/escala-cars-para-avaliacao-de-autismo

https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12936/000634977.pdf


✔   CARS ™ -2) Escala de Classificação de Autismo na Infância ™, Segunda Edição Por Eric Schopler, PhD, Mary E. Van Bourgondien, PhD


Não temos padronização brasileira do CARS -2 no Brasil. A comercialização apenas em sites americanos.

https://www.wpspublish.com/cars-2-childhood-autism-rating-scale-second-edition


✔  Escala de Traços Autísticos – ATA (Avaliação de Traços Autísticos) – Ballabriga et al., 1994; adapt. Assumpção et al.,  1999.

Esta escala, embora não tenha o escopo de avaliar especificamente uma função psíquica, é utilizada para avaliação de uma das patologias mais importantes da Psiquiatria Infantil – o Autismo. Seu ponto de corte é de 15. Pontua-se zero se não houver a presença de nenhum sintoma, 1 se houver apenas um sintoma e 2 se houver mais de um sintoma em cada um dos 36 itens, realizando-se uma soma simples dos pontos obtidos.

Download da Escala ATA: http://www.psiquiatriainfantil.com.br/escalas/tracosautisticos.htm


✔ Avaliação de Tratamentos do Autismo – ATEC (Autism Treatment Evaluation Chechlist) – Bernard Rimland, Ph.D. e Stephen M. Edelson, Ph.D, 1995.


A Checklist de Avaliação do Tratamento do Autismo, ou ATEC, é uma das ferramentas de avaliação mais utilizadas na comunidade do autismo. A lista de verificação é projetada para avaliar a eficácia dos tratamentos, bem como para monitorar como um indivíduo progride ao longo do tempo. O ATEC é usado por pais e pesquisadores, bem como por escolas, clínicas médicas e comportamentais e companhias de seguros. Mais de meio milhão de ATECs foram concluídos nas últimas duas décadas.  O ATEC contém um total de 77 questões classificadas em quatro subescalas: Fala / Linguagem / Comunicação, Sociabilidade, Sensibilidade Sensorial / Cognitiva e Física / Saúde / Comportamento.  Além do inglês, o ATEC está disponível em 20 idiomas diferentes, como português, chinês, tcheco, japonês, francês, italiano e espanhol.

Instituto de Pesquisa de Autismo – 4182 Adams Avenue, San Diego, CA 92116 – USA. Fax: (619) 563-6840  www.autism.com

Esta escala não tem padronização brasileira, portanto não é uma escala reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia.

Para responder a Escala ATEC no link oficial dos USA com tradução para o português:

http://www.surveygizmo.com/s3/1329619/Autism-Treatment-Evaluation-Checklist-revised


✔ Autism Behavior Checklist – ABC ou ICA (Lista de Checagem de Comportamento Autístico) -Krug et al., 1980


O ABC ou ICA é um questionário constituído por 57 itens, elaborados para avaliação de comportamentos autistas em população com retardo mental, que tem ajudado na elaboração de diagnóstico diferencial de autismo.

Esta lista de verificação foi desenvolvida a partir do registro de comportamentos, selecionados de nove instrumentos utilizados para se identificar o autismo.

Os itens desta escala, na forma de descrições comportamentais, foram agrupados em 5 áreas de sintomas: sensorial, relacionamentos, uso do corpo e de objetos, linguagem, e habilidades sociais e de auto-ajuda.

A análise da escala propõe 17 itens comportamentais pontuados com nota 4, que são considerados altamente indicadores de autismo, 17 itens pontuados com nota 3, 16 itens pontuados com nota 2, e 7 itens comportamentais com nota 1, considerados pouco indicadores de autismo.

O resultado médio dos estudos de validação do instrumento  é 78 pontos para o autismo e 44 pontos para o retardo mental grave. O ABC, aparentemente, é capaz de identificar sujeitos com altos níveis de comportamento autista.

Download da Escala ABC padronização brasileira:

https://pt.scribd.com/document/369930015/Escala-Ica-ABC-Pagina-55
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462005000400008


✔ Autism Diagnostic Observation Schedule – ADOS ou ADOS2  (Protocolo de Observação para Diagnóstico de Autismo) – Lord et al., 1989.


A Escala de Observação para o Diagnóstico de Autismo 2 (ADOS-2) é uma avaliação padronizada e semiestruturada da comunicação, da interação social e jogo ou uso criativo de materiais para pessoas suspeitas de terem Perturbações do Espetro do Autismo. A escala está estruturada em cinco módulos (t, 1, 2, 3 e 4), cada um específico para determinada idade e nível de linguagem.

O ADOS2 e ADIR são escalas consideradas “padrão ouro” na literatura internacional para auxiliar no diagnóstico de autismo, contudo suas traduções para o português não são oficiais, infelizmente não há padronização na população brasileira.

O ADOS é um protocolo padronizado de observação e avaliação dos comportamentos sociais e da comunicação da criança e do adulto autista, originalmente planejado para pessoas com idade mental de 3 anos ou mais.

O propósito deste roteiro é fornecer uma série de contextos padronizados, visando  a observação do comportamento social e comunicativo de indivíduos com autismo e transtornos relacionados.

A observação comportamental visa satisfazer duas finalidades. A primeira delas, diagnóstica, distingue autismo de outros portadores de deficiência e de funcionamento normal. A segunda, de investigação,  estuda diretamente a qualidade dos comportamentos sociais e comunicativos associados com o autismo. Este roteiro de observação consiste em oito tarefas apresentadas pelo examinador, com duração de aproximadamente 20 a 30 minutos. Há dois jogos de materiais que variam no conteúdo e exigência cognitiva, de acordo com a idade cronológica e nível de desenvolvimento do sujeito. As codificações dos comportamentos observados em cada tarefa devem ser realizadas imediatamente após a entrevista.

Os comportamentos são classificados em quatro domínios:
interação social recíproca;
comunicação/linguagem
comportamentos estereotipados/restritivos;
humor e comportamentos anormais não específicos.
A classificação geral é feita considerando-se uma gradação de três pontos:

0 = dentro dos limites normais;
1 = anormalidade rara ou possível;
2 = anormalidade clara/distinta.
A pontuação 7 é eventualmente usada para indicar comportamento anormal, mas que não é abrangido pela codificação.

Esta escala não tem padronização brasileira, portanto não é uma escala reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia.

Encontramos este material somente em português de Portugal e ou em espanhol.

Não temos editoras no Brasil para comercialização deste teste.

Neste link abaixo poderá encontrar a escala para comprar em Portugal, o valor é de 4.028,25 €.

✔  Autism Diagnostic Interview-Revised – ADI-R (Entrevista Diagnóstica para Autismo Revisada) –  Lord, Rutter, & Le Couteur, 1994.


A aplicação da ADI, que deve ser administrada junto aos pais, com o objetivo de obter descrições detalhadas dos comportamentos que são necessários para o diagnóstico diferencial de TEA. A versão original da ADI foi planejada com propósitos de pesquisa e visando completar a avaliação comportamental de sujeitos com idade cronológica de 5 anos, e idade mental de pelo menos 2 anos. A versão revisada, foi resumida e modificada para adequar-se a crianças com idade mental de aproximadamente 18 meses até a vida adulta, e está vinculada aos critérios do DSM-V e da CID-10.

O ADOS2 e ADIR são escalas consideradas “padrão ouro” na literatura internacional para auxiliar no diagnóstico de autismo, contudo suas traduções para o português não são oficiais, infelizmente não há padronização na população brasileira.

A ADI-R, consiste numa entrevista estruturada com 93 questões, que permite aos profissionais analisar, através dos pais ou cuidadores, a sintomatologia relacionada com as perturbações do espectro autista.

Incide sobre 3 domínios de maior relevância diagnóstica: Linguagem/ Comunicação; Interação Social; Comportamentos/Interesses Restritos, Repetitivos e Estereotipados.

Para cumprir os critérios diagnósticos esboçados pela CID-10 e pelo DSM-V, o sujeito tem que satisfazer os critérios em cada um dos três domínios citados anteriormente (comunicação, interação social e comportamentos estereotipados), obtendo a pontuação mínima em cada um dos domínios, bem como exibir alguma anormalidade em pelo menos um destes domínios até os 36 meses de idade, obtendo uma pontuação mínima de ”1”.

Além disso, os itens da entrevista que recebem pontuação igual a ”3”, e quando pontuados no algoritmo recebem nota ”2”, para evitar julgamento impróprio de qualquer sintoma único.

Assim, para se fazer um diagnóstico de Autismo Infantil, o comportamento do sujeito deve igualar ou exceder as notas de corte para todos os domínios avaliados.

Esta escala não tem padronização brasileira, portanto não é uma escala reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia.

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Pesquisa sobre a  validação do ADI-R no Brasil:

http://livros01.livrosgratis.com.br/cp087135.pdf


✔  Autism Screening Questionnaire – ASQ ou SQS (Questionário de Triagem para Autismo) – Rutter et al., 1999.


O ASQ consiste em 40 questões extraídas da ADI-R, que foram modificadas para tornarem-se mais compreensíveis aos pais.  Há questões sobre as áreas abordadas pela ADI-R relativas à interação social recíproca, comunicação e linguagem, padrões de comportamento estereotipados e repetitivos, além de questões sobre o funcionamento atual da linguagem.

Duas versões do questionário foram projetadas, uma para crianças menores de 6 anos e outra para crianças com 6 anos ou mais. As questões recebem pontuação “0” para ausência de anormalidade ou “1” para a presença dela.

A pontuação total varia de “0” a “39” para indivíduos com linguagem verbal e até “34” quando as questões sobre linguagem forem inaplicáveis. A nota de corte “15” é considerada pontuação padrão ótima para a diferenciação do transtorno do espectro autístico, e acima de “22” pode diferenciar autismo de outros diagnósticos.

Este questionário foi avaliado e validado para o Brasil por Sato et al. em 2009.

Download Escala ASQ3:

http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/1132535/DLFE-205901.pdf/1.0


✔ Perfil Psicoeducacional – (PEP-3) – Schopler, Reichler, Bashford, Lansing & Marcus, 1990

O PEP-R  é um instrumento de avaliação da idade de desenvolvimento de crianças com autismo ou com outros transtornos da comunicação. Serve como alicerce para a elaboração de um planejamento psicoeducacional de acordo com os pressupostos teóricos do modelo TEACCH. Foi concebido para identificar padrões de aprendizagem irregulares e idiossincráticos, destinando-se a crianças cuja faixa etária vai de um a doze anos. As áreas avaliadas são: coordenação motora ampla, coordenação motora fina, coordenação visuo-motora, percepção, imitação, performance cognitiva e cognição verbal. Para cada área foi desenvolvida um escala específica com tarefas a serem realizadas.  Esta escala é valida no Brasil.

Para adquirir o Teste PEP-R:

http://universoautista.com.br/oficial/2015/08/09/o-pep-r/


✔  Escala Vineland I e II – ECAV – Sara S. Sparrow, Domenic V. Cicchetti, David A. Balla, 1998.


A Vineland avalia o comportamento adaptativo desde o nascimento até à idade adulta. Os conteúdos e escalas da Vineland-II estão organizados em 4 grandes domínios que se subdividem em 11 subdomínios:

Comunicação – Receptiva, Expressiva e Escrita;
Autonomia – Pessoal, Doméstica e Comunitária;
Socialização – Relações Interpessoais, Lazer e Regras Sociais;
Função Motora – Fina e Global.
A sua aplicabilidade é bastante vasta, justificando-se a sua utilização sempre que seja necessária uma avaliação da funcionalidade do sujeito. Através da Vineland-II é possível avaliar o comportamento adaptativo de indivíduos com:
Déficit intelectual
Déficit ao nível do desenvolvimento
Transtorno do Espectro Autista
Transtorno De Déficit Atenção e Hiperatividade
Traumatismo crânio-encefálico
Doença de Alzheimer/Parkinson

Esta escala não tem padronização brasileira, portanto não é uma escala reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia.

Neste link abaixo poderá encontrar a escala para comprar em Portugal, o valor é de 365 €

oficinadidactica.pt

Download da Escala Vineland:

https://www.passeidireto.com/arquivo/1729544/escala_comportamentos_adaptativos_sofia_santos

https://mundoautista.files.wordpress.com/2010/04/17-vineland-escala-de-comportamento-adaptativo.pdf


✔  Protocolo PREAUT – (Programme Recherche Evaluation Autisme)


O protocolo de sinais Preaut auxilia os profissionais da saúde e educação a identificarem indícios de que o bebê tenha o risco de uma evolução autística a partir do quarto mês e antes dos três anos. Secundariamente, toda vez que pesquisamos sinais de risco de autismo, podemos encontrar outros sinais que levem a outros transtornos de desenvolvimento.

A Pesquisa Preaut tem sua origem na França. A sua idealização e condução é de responsabilidade:

a. da Associação Preaut (Programme Recherche Evaluation Autisme), fundada em 1998 e presidida por Jean-Louis Sarradet;

b. e do Programa Hospitalar de Pesquisa Clínica (Programme Hospitalier de Recherche Clinique – PHRC), de Strasbourg, coordenado pelo Dr. Claude Bursztejn.

Razões da sigla Preaut: A ideia inicial era fazer com que a sigla Preaut correspondesse à expressão “Prevenção de Autismo” (Prevention d’Autisme), uma vez que se acreditava, num primeiro momento, que era possível realizar prevenção em psicanálise.

http://ninar.com.br/wp-content/uploads/2013/11/preaut-i-jornada-o-que-e-a-pesquisa-preaut-recife-pe-28.-09-13-logo.pdf

http://www.scielo.br/pdf/codas/v30n5/2317-1782-codas-30-5-e20170096.pdf

✔  Protocolo IRDI – Indicadores de Risco para Desenvolvimento Infantil de 0 a 18 meses

O protocolo IRDI tem sido utilizado na realidade brasileira em pesquisas para demonstrar a correlação entre risco e presença de alteração de humor materno , dificuldades com a constituição do papel materno; prolongamento do aleitamento materno e dificuldades na transição alimentar; a menor produção de fala entre 13 e 16 meses ; e outros.

O IRDI é um instrumento de leitura e não um checklist. Não se pode aplicá-lo como um questionário, pois o profissional é convocado a observar a dupla mãe/bebê e a conversar com a mãe para então poder proceder a uma leitura do que percebeu e, depois da consulta, preencher se o indicador está presente, ausente ou se não foi possível verificá-lo. Além disso, a concepção do IRDI retoma em cada faixa etária as mesmas questões, por meio de diferentes situações, propondo com a aplicação da faixa etária atual e da faixa etária pregressa uma leitura a posteriori, tal qual preconiza a psicanálise. Não pode ser aplicado automaticamente como seria ticar em uma lista: seu uso requer um raciocínio clínico.

http://www.scielo.br/pdf/codas/v30n5/2317-1782-codas-30-5-e20170096.pdf

Além dessas ferramentas de avaliação citadas acima, ainda existem outras escalas internacionais, mas não temos validação e ou padronização na população brasileira ou traduções para o português:
Behavioural Observation Scale for Autism de Freeman – BOS
Echelle d`évaluation des Comportements Autistiques – ECA
O BOS – é um instrumento desenvolvido com o objetivo de investigar o grau de severidade dos autistas em níveis comportamentais. A metodologia desta escala compreende a observação por filmagem da criança em contexto de brincadeira ou jogo com brinquedos adequados à sua idade.

O ECA – é um procedimento de avaliação contínua, utilizado por todas as pessoas que trabalham com a criança e que aborda os domínios da comunicação, percepção e imitação.


✔   Modified Checklist for Autism in Toddlers – M-CHAT (Escala para Rastreamento de Autismo Modificada) – Robins DL, Fein D, Barton ML, Green JA, 2001.


Escala M-CHAT é um instrumento de rastreamento precoce de autismo, que visa identificar indícios desse transtorno em crianças entre 18 e 24 meses.

Pode ser utilizada em todas as crianças durante visitas pediátricas, com objetivo de identificar traços de autismo em crianças de idade precoce.

Os instrumentos de rastreio são úteis para avaliar pessoas que estão aparentemente bem, mas que apresentam alguma doença ou fator de risco para doença, diferentemente daquelas que não apresentam sintomas.

A M-CHAT é extremamente simples e não precisa ser administrada por médicos.

A resposta aos itens da escala leva em conta as observações dos pais com relação ao comportamento da criança.

Essa escala é uma extensão da CHAT, consistindo em 23 questões do tipo sim/não, que deve ser autopreenchida por pais de crianças de 18 a 24 meses de idade, que sejam ao menos alfabetizados e estejam acompanhando o filho em consulta pediátrica.

O formato e os primeiros nove itens do CHAT foram mantidos. As outras 14 questões foram desenvolvidas com base em lista de sintomas freqüentemente presentes em crianças com autismo.

Resultados superiores a “3” (falha em 3 itens no total) ou em “2” dos itens considerados críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma avaliação formal.

Atualmente, o instrumento de identificação precoce do TEA recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria é a escala M-CHAT.

O teste é composto por 23 questões do tipo sim/não, que devem ser respondidas pelos pais de crianças entre 16 e 30 meses de idade que estejam acompanhando o filho em uma consulta pediátrica.

A Escala M-CHAT foi traduzida e adaptada para português no Brasil, por Mirella Fiuza Losapio e Milena Pereira Pondé, 2008.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020


DESMASCARANDO OS MILAGRES NO AUTISMO – PELA OMC, OMS, OMPS e OPP.

Diariamente presenciamos várias dificuldades de mamães, papais e autistas sobre suas comorbidades, sobre o seu estado, sobre a busca implacável de mamães e papais para a melhora gradativa de seus filhos.

Muitas pessoas não sabem o real significado do Autismo, recebem um Laudo, com o NOME AUTISMO, em algumas ocasiões um complemento simples sobre uma D.I ou outra condição coexistente, porém não tem nenhum nível de informação adequada de como prosseguir, como conseguir seguir em frente com seu filho, muito menos outros detalhes sobre sua forma de tratamento.

Diariamente essas mesmas mamães, papais e autistas que recebem seus laudos são metralhados por todos os lados, pela indústria da mentira, que está cada vez mais presente em meios de pseudoterapias, que oferecem efeitos placebos em sua grande maioria, indutores de algo maior, sim, prometem a cura com a Água Sanitária, melhora cognitiva com essências, dietas alimentares unificadas para um grupo de Autistas, sem levar em conta fatores primordiais de diferenciação do autismo.

Cada autista tem suas particularidades, nenhum deveria ser tratado como um todo, as pseudoterapias chegaram ao cúmulo de oferecer supostas curas, tratamentos unificados sem o aparelhamento ou complemento correto médico profissional.

Na contramão estamos presos em um sistema interligado que clama por conhecimento, falta adaptabilidade e coerência, em profissionais que mesmo com o pedido completo de familiares não conseguem redigir um laudo coeso e centrado sobre os pontos, positivos, negativos sobre sua potencialidade e logicamente as abordagens sugestivas para suas comorbidades.

A sociedade clama por profissionais ao mesmo tempo que se sustenta nesse entrelaçado de informações massificadas sobre tendências sem aparelhamento ou complemento verídico ao meio autístico, quem devemos culpar? Os profissionais? Os familiares? Os meios disponíveis?
Os efeitos placebos apresentados pelo o estudo da universidade de Barcelona na Espanha, mostra claramente o apelo social para extinção é não validação de mais de 73 atividades desenvolvidas, não apenas no Brasil como em diversos países da América do Sul e África, entre elas podemos observar as essências, a reprogramação do DNA, a reposição desordenada de suplementos, a hemoterapia além das atividades ortomoleculares.

Em nota a OMC em parceria com a OMS deixa claro seu clamor para atenção adequada a pacientes que precisam de uma real atenção, onde vidas são diariamente ceifadas pela espera do milagre com embasamentos de efeitos placebos ou paliativos que não tratam a real causa das comorbidades e suas adaptabilidades as condições coexistentes.

Partindo do princípio cientifico, legal, várias pessoas ainda não acreditam nos tratamentos e profissionais, julgando-os pelas suas capacidades adquiridas, ao invés de trabalharmos em conjunto para melhora gradual dos entendimentos, o Brasil clama por conhecimento no meio autístico, onde deveríamos prezar pela logica, racionalidade e compartilhamento ético profissional.

Deixo aqui meu apelo para que Papais, Mamães, autistas e não autistas prezem sempre pela qualidade e excelência profissional de fundamentos lógicos, onde dentro dos quadros do autismo. A escolha é sua, a decisão de mudança parte de você, não coloque seu filho, autista em nível de comparação, fazendo isso você ficara sujeito a efeitos únicos para indivíduos diferentes. Sendo assim busque sempre um amparo médico profissional, além de psicólogos, neuropsicologos, psicopedagogos e terapeutas qualificados.

Referencias:

Edawrd Nortteng - The Ineffectiveness of Psychotherapy, 2018, P.25,28,45,102,146.