terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Precisamos Falar do Autismo




O Autismo não é mais algo que deve ser desconsiderado pelas pessoas, a presença do Autismo está cada vez mais visível entre nós, as pessoas me perguntam "Jacson o número de Autistas vem aumentando?" Acredito que não seja apenas isso, com a preocupação e entendimento maior do assunto vemos mais profissionais buscando se aperfeiçoar em caraterísticas que envolvem o TEA, TDA, TDAH, DI etc… (Ainda em número muito pequeno) são centenas de Ramificações, Classificações Condições Coexistentes e Comorbidades associadas.

Por outro lado eu vejo o despreparo social como um todo, quem depende do S.U.S e infelizmente até alguns planos de saúde acabam ficando condicionados as longas filas de espera além da incerteza de achar profissionais capacitados para atender adequadamente às crianças, adolescentes e adultos dentro do espectro.

Algo facilmente observado são laudos que são dados a revelia, sem uma conclusão completa sobre as particularidades, potencialidades e negativas de cada Autistas, algumas mamães têm seus filhos enquadrados em quadros mais agravantes de Hipersensibilidade, Deficiência Intelectual, Transtornos de Personalidade ou Epilepsia sem nem mesmo ter noção das medicações ou do acompanhamento devido com retornos pré estabelecidos para a devida adequação daquele fármaco ou terapias sobre aquele paciente.

Infelizmente o Brasil apresenta no quadro uma visão muito estagnada dos devidos processos do que é o Autismo, das potencialidade e duplas excepcionalidades a serem extraídas de cada indivíduo, além de métodos totalmente ultrapassados para o devido apoio, onde papais, mamães, cuidadores e Autistas ficam propensos a incerteza da indústria de pseudoterapias, procedimentos que visam apenas lucro financeiro com efeitos em suma maioria placebos, não validadas de maneira adequada para o sistema de saúde.

Quem devemos culpar ? A Família? Os Autistas? Os Médico não atualizado?

Acredito ser algo bem mais profundo a falta de preparo, entendimento e preceitos básicos para o tratamento e apoio ao meio Autístico. Precisamos reeducar e aperfeiçoar os métodos atuais, aplicar a inclusão com a *Equidade* transmitir conhecimento e informações adequadas, cortar falsas promessa de cura ou não melhora do quadro Autístico, apoiar familiares, papais e principalmente mamães que recebem todo tipo de pressão, física, financeira, familiar e profissional onde não recebem o devido amparo e acabam entrando no estado do Fenótipo Ampliado do Autismo, apresentando características únicas que afetam o seu dia a dia.

A mudança deve começar já.

Autista - Jacson Marçal @jacsonfier 🍃🍃🍃


domingo, 23 de fevereiro de 2020

O OUTRO LADO DA MOEDA DO ENSINO.



Gostaria de chamar atenção para o outro lado da moeda, os profissionais guerreiros de pedagogia, que lutam diariamente pelo ensino de qualidade em normas e diretrizes para o aperfeiçoamento das diversidades no meio TEA, TDA, TDAH, ETC...

Os profissionais de pedagogia precisam receber os dados do devido diagnóstico, incluindo potencialidades e negativas de cada aluno.

Os professores podem elaborar um relatório informativo solicitando que os familiares, caso não apresentem o relatório devidamente detalhado com as características individuais de cada aluno, tomem as devidas providências de diagnóstico complementar com profissionais de psicopedagogia e neuropsicologia.

Profissionais de pedagogia em caráter de professor de apoio ou responsável pelo PEI e outras ferramentas adicionais,  podem solicitar que os familiares, por meio de observações e detalhes sugestivos em forma de relatório, direcione aquela criança para o devido apoio médico e profissional, em casos de extrema rigidez, agressividade etc… (Pedagogos não podem fazer o papel do médico e terapeuta comportamental).

O governo em contrapartida tem o dever de trabalhar com políticas de aperfeiçoamento no método de ensino, vemos um grande retrocesso no processo atual brasileiro com características que divergem e dificultam a  aplicação do Plano Educacional Individualizado (PEI) do trabalho do professores de apoio e professores especializados em AEE.

Antes de criticar um pedagogo, converse com ele e entenda o outro lado da sua profissão respeitando suas particularidades e ferramentas disponíveis onde a secretaria da educação de cada cidade é responsável pela aparelhagem devida.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Músicas trazem 13 emoções distintas para os Autistas; confira quais são elas



Pesquisadores de psicologia da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA) entrevistaram mais de 2.500 pessoas nos Estados Unidos e China sobre as repostas emocionais a milhares de músicas de todos os gêneros: rock, folk, jazz, clássica, banda marcial, experimental e heavy metal.

Enquanto o hino nacional dos EUA, “The Star-Spangled Banner”, provoca orgulho, a música “The Shape of You” de Ed Sheeran causa alegria. Já “Careless Whispers” de George Michael tem poder sedutor (para escutar essas músicas, veja abaixo).

Assim, eles conseguiram mapear 13 sensações diferentes: diversão, alegria, erotismo, beleza, relaxamento, tristeza, devaneio, triunfo, ansiedade, medo, aborrecimento, incitação e empolgação.

“Imagine organizar uma biblioteca massivamente eclética por emoções e captar a combinação dos sentimentos associados com cada faixa. Isso é essencialmente o que o nosso estudo fez”, diz o autor principal, Alan Cowen, doutorando em neurociência.

Os resultados do trabalho devem ser publicados ainda nesta semana na revista Proceedings of the National Academy os Sciences.

Cowen traduziu esses dados em um mapa de áudio interativo, em que o usuário vai passando o cursor nas áreas de diferentes emoções e pode ouvir várias amostras curtas das músicas avaliadas pelos participantes do estudo.

“Nós documentamos rigorosamente a maior constelação de emoções que são universalmente sentidas através da linguagem da música”, afirmou outro pesquisador do trabalho, Dacher Keltner, professor de psicologia da Universidade.

Esta pesquisa pode ser aplicada em diferentes áreas. Uma delas seria na criação de terapias psicológicas e psiquiátricas projetadas para evocar um determinado sentindo. Outra seria permitir que serviços de streaming como o Spotify ajuste seus algoritmos para satisfazer a vontade musical dos clientes.

Os participantes tanto dos EUA quanto da China identificaram emoções semelhantes quando ouviram certas músicas, mas os dois grupos divergiram quanto à qualidade da emoção: cidadãos de um país diziam que determinada música dava medo, mas de uma forma positiva, enquanto cidadãos do outro país sentiam medo de forma negativa.

“Pessoas de diferentes culturas podem concordar que uma música traz raiva, mas podem discordar se este sentimento é positivo ou negativo”, explicou Cowen, destacando que valores positivos e negativos, conhecidos na psicologia como “valência”, são mais específicos de cada cultura.

Os participantes dos dois países também apresentaram opiniões diferentes sobre o nível de excitação provocada por uma música. Ela poderia ser mais calma ou mais estimulante dependendo da cultura do participante.

As amostras de músicas foram retiradas de vídeos de YouTube, incluindo cenas de filmes.

Os participantes deste estudo foram recrutados por uma plataforma de crowdsourcing de trabalho virtual chamada Amazon Mechanical Turk. Eles classificaram 40 amostras de músicas com base em 28 categorias de emoções, além de uma escala de positividade e negatividade, e também em níveis de excitação.

Utilizando análises de estatística, os pesquisadores chegaram às 13 categorias gerais de experiência que eram preservadas nesses dois grupos culturais e que correspondiam a sentimentos específicos, como ser deprimente ou sonhador.

Para confirmar esses dados, cerca de mil pessoas dos Estados Unidos e da China classificaram mais 300 amostras de músicas ocidentais e chinesas. As respostas deste grupo validaram a hitóteses das 13 categorias.

“A música é uma linguagem universal, mas nem sempre prestamos atenção suficiente no que está sendo dito e como está sendo compreendido. Nós queríamos dar um importante primeiro passo para resolver o mistério de como a música pode evocar tantas emoções com nuances”, diz Cowen. [ Medicalxpress ]

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020



A neurociência da vingança

A neurociência da vingança diz que há pessoas que, longe de virar a página depois de uma decepção, uma rejeição ou o que elas interpretaram como uma injustiça, alimentam esse ódio chegando até mesmo a planejar uma forma de devolver o desgosto.

Assim, longe de controlar a raiva, de racionalizar o sentimento ou fazer um uso adequado de qualquer mecanismo de regulação, permitem que esse mal-estar se torne crônico.

Falar de vingança, como bem sabemos, muitas vezes pode ser complicado. Isso porque é difícil não entrar em aspectos éticos, morais e até mesmo legais. Há atos que evidentemente necessitam de um tipo de resposta, mas nesses casos quem deve aplicar a justiça são os tribunais, e nunca a violência pessoal.

Não obstante, nesse artigo o que nos interessa é aprofundar o aspecto neurológico e psicológico da neurociência da vingança.

Vejamos um exemplo. Quem gosta de seguir a literatura criminal com certeza se lembrará do nome de Ted Bundy. Ele foi um dos piores assassinos em série da história e, até os dias de hoje, não se sabe com exatidão o número de vítimas das quais ele tirou a vida.

Após uma série de entrevistas, testes psicológicos e neurológicos, descobriu-se algo mais que uma personalidade marcada pela psicopatia: Bundy matou um grande número de jovens por causa de um desejo por vingança mantido durante anos.

A origem disso – e portanto fato que desencadeou suas ações – foi o abandono sofrido no contexto de um relacionamento amoroso. Aquela rejeição alimentou uma raiva de forma descabida, e até mesmo quase selvagem, nele. Sua raiva fez com que ele buscasse vítimas com as mesmas características físicas que a mulher que o havia abandonado.

A vingança, como vemos a partir desse exemplo, pode agir em certas pessoas na forma de um mecanismo claramente agressivo e brutal. Hoje em dia os neurocientistas já descobriram os mecanismos e as áreas do cérebro que regulam esse tipo de impulso.

É um tema tão interessante quanto revelador. Vejamos mais dados sobre ele a seguir.

 “Adeus bondade, humanidade e gratidão… Adeus, todos os sentimentos que enobrecem a alma. Eu quis ocupar o lugar da providência para recompensar os bons… Agora me dê o seu deus da vingança para castigar os perversos”.

– O Conde de Montecristo, Alejando Dumas –

A neurociência da vingança
Se nos machucam… Não devemos nos vingar? Já dizia Shakespeare em uma de suas obras. Todos, em algum momento da vida, já experimentaram essa mesma sensação.

Após sofrer uma afronta ou ser vítima de uma ação ruim por parte de alguém, é quase inevitável não desejar devolver o mesmo dano sofrido para a outra pessoa. Sentir-se assim e inclusive experimentar esse desejo é um fato neurológico e emocionalmente normal.

Não obstante, a maioria de nós racionaliza a situação e, após um período de reflexão e gestão emocional, acabamos nos contentando em virar a página. Esse último processo, aquele que regula e apaga o desejo de vingança, é mediado pelo nosso córtex cerebral.

É nesse momento, mais especificamente na área dorsolateral pré-frontal, que estão localizados as áreas responsáveis pelo processamento do nosso autocontrole.

Agora… O que acontece com as pessoas que têm a personalidade marcada por um traço vingativo?

A ferida da vingança e da injustiça
A Universidade de Genebra realizou uma pesquisa interessante no começo de 2018. A neurociência da vingança conta agora com provas muito sólidas que demonstram diversos aspectos, alguns muito impressionantes.

Normalmente, quando falamos desse tipo de comportamento, é comum nos referirmos a processos como a ira e a raiva. No entanto, o que provoca a aparição desse tipo de emoção? O que desencadeia os atos de vingança, na maioria das vezes, parece ser o sentimento de rejeição.
A rejeição é a sensação angustiante na qual uma pessoa se sente separada de algo que, até pouco tempo atrás, era muito significativo. Pode ser um relacionamento amoroso, um trabalho, sentir-se excluído do grupo familiar ou de um grupo de amigos, qualquer coisa que seja entendida como uma injustiça. É possível inclusive sentir que a própria sociedade está sendo responsável pela rejeição.

Onde se localiza o impulso da vingança?

A doutora Olga Klimecki-Lenz, pesquisadora do Centro Suíço para a Ciência Afetiva (CISA) localizou a área onde se concentram, por assim dizer, nossos impulsos vingativos.

A estrutura que ativa a sensação de raiva é uma velha conhecida: a amígdala.
Graças a uma série de testes com ressonância magnética, foi possível ver a nível experimental como essa pequena estrutura cerebral se ativa quando experimentamos uma afronta, uma mentira, a dor da rejeição ou um desprezo.

Cabe dizer que, nesse tipo de situação, o que sentimentos em primeiro lugar é medo.
A sensação de confiança e segurança que tínhamos até então sobre algo ou alguém se quebra e, no mesmo instante, surgem o temor e a angústia. Depois disso, aparece a raiva e o impulso de executar algum tipo de castigo.

Esse castigo estabelece um sistema de recompensa. Ou seja, a pessoa pode sentir prazer ao se vingar e aplicar sobre o outro a mesma afronta sofrida por ela própria.

Por outro lado, junto à ativação da amígdala ocorre também a ativação do lobo temporal superior. Essas duas áreas intensificam essa necessidade de dar forma a um ato vingativo. Não obstante, o mais interessante ainda está por vir e acontece depois.

Quando essas duas estruturas se ativam, surge logo a seguir uma intensa atividade no córtex dorsolateral pré-frontal. O motivo disso? Aplacar a intensidade da emoção sentida e favorecer o autocontrole.

Esse último dado abre a interessante possibilidade de reduzir os atos violentos e vingativos mediante estimulação magnética. Não obstante, os comportamentos agressivos, como os que caracterizavam o assassino em série Ted Bundy, dependem de muitos fatores que nem sempre são explicados por fatores neurobiológicos.

O fascínio pela psicologia e pela neurociência da vingança
A partir de um ponto de vista cultural e inclusive psicológico, a vingança é um processo muito interessante.

É por isso que temos obras magistrais e já consagradas como O Conde de Montecristo, na qual Alejandro Dumas nos mostra que a vingança é um prato que se come frio e pode demorar anos para ser planejada e executada.

No entanto, não podemos deixar de lado um outro aspecto essencial. As pessoas que realizam esse tipo de comportamento de forma regular evidenciam um fato que cientistas como Kevin M. Carlsmith, Timothy D. Wilson e Daniel T. Gilbert já demonstraram: falta de empatia.

Além disso, se nos perguntarmos por que há perfis caracterizados por essa necessidade quase constante de fazer os outros pagarem por aquilo que é considerado uma injustiça, a psicologia diz que há quase sempre um mesmo padrão: são pessoas narcisistas, inseguras, com baixa regulação emocional, nenhuma capacidade para perdoar e ausência de empatia.

Para concluir, vale a pena refletir um momento sobre uma ideia muito simples. Todos já sentimos o desejo da vingança em algum momento. No entanto, a decisão de ter calma e ser prudente é o que nos faz humanos, o que nos torna nobres.

 “As pessoas fracas se vingam. Os fortes perdoam. As pessoas inteligentes ignoram”.
– Albert Einstein –

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020




A origem do aprendizado emocional

A vida em família é onde iniciamos a aprendizagem emocional; nesse caldeirão íntimo aprendemos como nos sentir em relação a nós mesmos e como os outros vão reagir a nossos sentimentos; aprendemos como avaliar nossos sentimentos e como reagir a eles; aprendemos como interpretar e manifestar nossas expectativas e temores.

Aprendemos tudo isso não somente através do que nossos pais fazem e do que dizem, mas também através do modelo que oferecem quando lidam, individualmente, com os seus próprios sentimentos e com aqueles sentimentos que se passam na vida conjugal. Alguns pais são professores emocionais talentosos, outros, são atrozes.

Há centenas de estudos que demonstram que a forma como os pais tratam os filhos — se com rígida disciplina ou empática compreensão, indiferença ou simpatia etc. — tem conseqüências profundas e duradouras para a vida afetiva da criança.

A maneira como um casal lida com os seus sentimentos — além do trato direto com a criança — passa poderosas lições para seus filhos, que são aprendizes astutos, sintonizados com os mais sutis intercâmbios emocionais na família.

▪️ Os pais não podem dar o que não possuem

Para serem treinadores tão eficientes, os próprios pais devem ter uma compreensão profunda acerca dos rudimentos da inteligência emocional.

Uma das coisas que uma criança deve saber, e que faz parte de sua aprendizagem emocional, é, por exemplo, distinguir sentimentos; se, por exemplo, um pai está fora de sintonia com seu próprio sentimento de tristeza, ele não será capaz de ajudar o filho a saber a diferença que há entre lamentar uma perda, sentir-se triste num filme triste e sentir tristeza porque alguma coisa ruim aconteceu com alguém que a criança gosta.

Além dessa distinção, há compreensões mais sofisticadas acerca de emoções, como, por exemplo, saber que a raiva vem do fato de nos sentirmos magoados.

▪️ Benefícios de pais emocionalmente inteligentes

O impacto causado por uma paternidade exercida nesses termos é muito significativo.

Quando os pais são emocionalmente aptos, comparados com os que não lidam bem com os sentimentos, os filhos — por conseqüência — têm, em relação a eles, um bom relacionamento, afeição e menos tensão.

Mas, além disso, essas crianças também são hábeis no lidar com as próprias emoções, mais eficazes na procura de alívio para suas perturbações, e se perturbam com menos freqüência.

São também mais relaxadas biologicamente, com baixos níveis de hormônios de estresse e outros indicadores fisiológicos de estimulação emocional (um padrão que, se mantido pela vida afora, pode ser uma garantia de boa saúde física.

Ganham também no que diz respeito à sociabilidade: essas crianças são mais dadas e queridas por outras crianças, e os professores as consideram mais sociáveis. Pais e professores são unânimes em classificá-las entre as que menos apresentam problemas comportamentais do tipo rudeza ou agressividade.

Por fim, há benefícios de ordem cognitiva; essas crianças são mais atentas e, portanto, aprendem melhor. Para um nível de QI constante, as crianças de 5 anos que tiveram pais que foram bons treinadores tiravam melhores notas em matemática e leitura ao atingirem a terceira série (este é um forte argumento em defesa do ensino da inteligência emocional como pré-requisito para a aprendizagem acadêmica e para a vida em geral).

Jacson Marçal - @jacsonfier

📚 Daniel Goleman. Inteligência Emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Editora Objetiva. Capítulo 12: Ambiente Familiar, 2012.

sábado, 18 de janeiro de 2020







🧠 Transtornos de Humor

Os transtornos do humor também são conhecidos como transtornos afetivos. Afeto significa estado emocional que se expressa por meio de gestos e expressões faciais.

A tristeza e a alegria fazem parte das experiências normais do cotidiano e são diferentes da depressão e mania, que caracterizam os transtornos do humor. A tristeza é uma resposta natural à perda, derrota, desilusão, trauma ou catástrofe.

O luto ou o pesar são as reações normais mais comuns perante uma separação ou uma perda, como a morte de um ente querido, um divórcio ou uma desilusão amorosa. Normalmente, o luto e perda não causam depressão incapacitante persistente, exceto em pessoas predispostas a transtornos do humor.

Um transtorno do humor é diagnosticado quando a tristeza ou euforia é excessivamente intensa, é acompanhada por determinados sintomas típicos e compromete a capacidade funcional física e social e no trabalho.

Quando apenas a depressão ocorre, é chamado de transtorno unipolar. Outros transtornos do humor, denominados transtornos bipolares, envolvem episódios de depressão que se alternam com episódios de mania. A mania sem depressão (chamada mania unipolar) é muito rara.

Cerca de 30% das pessoas relatam depressão como um de seus sintomas quando consultam um médico. Porém, menos de 10% de fato apresentam depressão grave. Quase 4% da população dos Estados Unidos sofre de um transtorno bipolar.

Ter um transtorno do humor, especialmente um que envolve a depressão, aumenta o risco de apresentar outros problemas, como a incapacidade de realizar as atividades cotidianas e manter relacionamentos, perda do apetite, ansiedade extrema e alcoolismo. Aproximadamente 15% das pessoas com depressão não tratada terminam a sua vida ao cometerem suicídio.

De acordo com dados do IBGE levantados pela Pesquisa Nacional de Saúde, em 2013 cerca de 8% das pessoas de 18 anos ou mais de idade apresentavam depressão.

O que posso fazer?

Pesquisadores do Reino Unido, Austrália e Noruega concluíram que uma hora de exercício por semana é o mínimo necessário para evitar que você desenvolva depressão. O estudo analisou dados da população norueguesa de um amplo levantamento conduzido entre os anos de 1984 e 1997. O objetivo era avaliar a relação entre a atividade física e problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

Segundo o levantamento, 12% dos casos de melancolia profunda poderiam ser evitados se todas os voluntários suassem a camisa por ao menos uma hora na semana. E outra coisa bacana: pelo visto, mesmo intensidades leves já dão conta do recado.

Jacson Marçal - @jacsonfier